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(DDS) Segurança do Trabalho

Últimos posts em (DDS) Segurança do Trabalho

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Cuidados ao manusear, transportar e armazenar produtos químicos

13/12/2019 | Herbert Bento

Neste DDS vamos falar sobre cuidados ao manusear, transportar e armazenar produtos químicos.

Já de início, é bom que você saiba uma coisa: quando não conhecemos a substância química, não devemos manuseá-la.

Por quê?

Porque não saberemos agir quando esta substância estiver prejudicando nosso organismo.

Nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho existe uma tabela que diz quais são os produtos químicos que podem fazer mal para a saúde dos trabalhadores.

Todo produto químico deverá trazer no lado externo de sua embalagem suas características.

Também deve ser informado no rótulo, os cuidados necessários no manuseio, a maneira correta de transportá-lo e como deve ser armazenado.

Produtos Químicos

Outra informação importante é o que fazer em caso de intoxicação com o produto.

Também é obrigação do fabricante fornecer a Ficha de Informações de Segurança do Produto, a famosa FISPQ, atualmente chamada de FDS ou Ficha com Dados de Segurança.

A FISPQ ou FDS deve estar disponível para o trabalhador para consulta.

Cuidado: produtos químicos sem qualquer identificação externa não devem ser manipulados.

Nem como teste.

Sua identificação deve ser completa, clara e objetiva.

O vídeo abaixo complementa o material desse DDS.

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Permissão de trabalho: tudo que você precisa saber sobre

11/12/2019 | Herbert Bento

Você sabe o que é uma PT na SST?

Na segurança do trabalho, PT quer dizer Permissão de Trabalho.

É a autorização por escrito, em documento próprio para a execução de qualquer trabalho de manutenção, montagem, desmontagem, construção, reparo ou inspeção de equipamentos a ser realizado na área industrial.

O vídeo abaixo e o texto nessa página são complementares:

Tem por objetivo esclarecer as etapas para avaliação de liberação de serviços com riscos potenciais de acidentes a serem executados nas diversas áreas.

Leia também: Atos e condições inseguras: você sabe a diferença?

Ao preencher a PT leia atentamente antes de iniciar o serviço, verificando se foram atendidas todas as recomendações exigidas. Deve estar devidamente preenchida, assinada e permanecer junto à obra em local visível sob a responsabilidade da supervisão.

É necessário também, que o preenchimento dessa autorização seja bem feita, com critérios, para que tenham validade na orientação dos funcionários. Para auxiliá-lo descrevemos abaixo algumas instruções para o devido preenchimento da Permissão de trabalho:

A) Antes de iniciar o trabalho:

– Vá ao local de execução do trabalho para efetuar a inspeção, verifique e anote todas as condições que envolvam perigo antes de iniciar suas atividades.

– Comunique-se com a supervisão, responsável pela área para que essa tome conhecimento e para que possa contribuir nas instruções de segurança.

– Preencha o formulário no local que irá ser executado o trabalho, ao elaborar este procedimento, todos os responsáveis devem participar com o objetivo de descrever as etapas de trabalho, verificando a cada etapa os perigos e as medidas preventivas a serem executadas.

– Após a elaboração da Análise de Risco e da Permissão de Trabalho (DEVIDAMENTE PREENCHIDA), reúna todos os colaboradores e passe instruções de segurança de acordo com os dados registrados neste procedimento.

– A instrução dada à equipe de trabalho deve ser feita exatamente na área de trabalho com o objetivo de mostrar os locais perigosos, as formas adequadas de trabalho, o uso de equipamentos de segurança, etc. Após as instruções, solicite as assinaturas dos participantes no verso do formulário.

B) Ao iniciar o trabalho:

– Todas as etapas devem obedecer à determinação da PT, desde a forma de trabalho até o uso de equipamentos de proteção individual.

– Todo local de trabalho deve estar devidamente isolado.

– Deixe a PT em local visível e o preenchimento deve estar legível e preenchido com todos os itens de segurança necessário para a execução do trabalho com segurança.

– Todos os dias a supervisão da empresa contratada, antes de iniciar as atividades, deve reunir sua equipe de trabalho e efetuar instruções de segurança de acordo a Permissão de Trabalho e a Análise de Risco.

– Caso haja acidentes/incidentes, os responsáveis devem parar o serviço, reunir todos seus funcionários e divulgá-los com o objetivo de apresentar as falhas e as medidas preventivas para evitar a reincidência.

– Todo local da obra/serviços, deve ter cartazes de segurança para orientação dos funcionários e pessoas que passam próximo ao local.

– Os responsáveis têm como obrigação, coletar dados sobre as falhas nas execuções das atividades com o objetivo de efetuar instruções de segurança visando à prevenção de acidente e a qualidade no trabalho.

– Os trabalhos devem iniciar somente após a leitura, entendimento e assinatura por parte dos executantes.

C) Término do Trabalho:

– Efetue inspeção em todo local da obra, eliminando as irregularidades apresentadas (lixo, peças soltas sobre equipamentos, materiais inflamáveis, estruturas soltas, estruturas amarradas, etc.) – Após a inspeção para liberar a área a empresa contratada deve comunicar a supervisão da área e ao contratante para que esses verifiquem as condições do trabalho e também as condições de segurança do local.

– Todas as etapas de término de trabalho devem estar contidas na Permissão de Trabalhos. Após a conclusão dos trabalhos, o responsável pela execução, deverá devolver a ficha de liberação para o responsável da área ou solicitante, para vistoria e conhecimento da conclusão do serviço. A ficha de liberação deverá ser arquivada no Setor de Segurança do Trabalho.

Outros artigos importantes:

Espaços confinados: como proceder de forma segura!

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Espaços confinados: como proceder de forma segura!

10/12/2019 | Herbert Bento

O texto e o vídeo abaixo são complementares:

O trabalho em espaços confinados representa uma grande parte das atividades encontradas em indústrias:

• De papel e celulose;

• Alimentícia;

• Naval e operações marítimas;

• Químicas e petroquímicas;

• Serviços de gás, água e esgoto, telefonia;

• Construção civil;

• Siderurgias e metalurgias;

• Agroindústria.

Podemos dar como exemplos de espaços confinados encontrados nesses locais:

• Veículos tanque (caminhões, vagões e embarcações);

• Dutos e galerias;

• Caixas d’água;

• Silos;

• Reatores;

• Torres;

• Poços;

• Caixas de inspeção.

De acordo com a Norma Regulamentadora que trata especificamente de espaços confinados, temos a seguinte definição:

NR – 33: “Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio”.

Ou seja, um espaço confinado pode ser traduzido como um volume fechado por paredes e obstruções que apresenta restrições para: o acesso, a movimentação, o resgate de pessoas e a ventilação natural.

A entrada nesses espaços exige uma autorização ou liberação especial. Isto é, somente pessoas treinadas e autorizadas podem entrar nesses locais.

A responsabilidade do treinamento é do empregador, sendo que este deve ser repetido sempre que houver qualquer alteração nas condições ou procedimentos que não foram explicitados no treinamento anterior.

Os acidentes em espaços confinados não são tão frequentes, mas quando acontecem geralmente são fatais. Por isso são classificados como uma das maiores causas de acidentes graves com empregados.

Para entender melhor a importância da segurança dos trabalhos em espaços confinados, vale ressaltar a diferença entre risco e perigo.

• Perigo: É a propriedade ou capacidade dos materiais, equipamentos, métodos ou práticas de causarem danos.

• Risco: É a propriedade potencial de causar danos nas condições de uso e/ou exposição, bem como a possível amplitude do dano.

Por exemplo: Ao resolver atravessar uma rua, a pessoa está diante de um perigo. Porém, se esta resolve atravessar na faixa de pedestres quando o sinal estiver fechado, está diante de um risco. O risco pode ser medido, dessa forma, o risco que a pessoa corre está relacionado ao fato de decidir se atravessa ou não na faixa de pedestres. Pois o perigo existe, e este não há como medir.

Contra o risco podemos oferecer recursos de segurança, para que a pessoa possa se proteger. Dessa forma, compreendemos que é possível conviver com atividades de risco sem “correr o risco” de sofrer algum dano. E o trabalho realizado em espaços confinados enquadra-se nessa definição.

Já sabendo a diferença entre risco e perigo, podemos então descobrir quais são os riscos mais comuns em espaços confinados:

• Falta ou excesso de oxigênio;

• Incêndio ou explosão, pela presença de vapores e gases inflamáveis;

• Intoxicações por substâncias químicas;

• Infecções por agentes biológicos;

• Afogamentos;

• Soterramentos;

• Quedas;

• Choques elétricos;

• Vibração;

• Ruídos;

• Temperatura (alta ou baixa);

• Engolfamento (captura de uma pessoa por líquidos ou sólidos finamente divididos, que possam ser aspirados, causando a morte por enchimento ou obstrução do sistema respiratório; ou que possa exercer força suficiente no corpo para causar morte por estrangulamento, constrição ou esmagamento.).

• Encarceramento.

Em espaços confinados, quando nos referirmos à atmosfera do ambiente, classificaremos como IPVS, ou seja, Ambientes Imediatamente Perigosos a Vida ou a Saúde. Por quê? Pois nesses locais geralmente a concentração do agente contaminante é maior que a concentração IPVS. O que isso quer dizer? Que os contaminantes estão em maior quantidade que o “ar puro”, gerando um risco para o trabalhador.

O ar atmosférico é composto de aproximadamente 21% de oxigênio. Quando tratamos de IPVS, estamos dizendo que as concentrações de oxigênio ou estão:

• Acima de 21%: Risco de incêndio ou hiperoxia (intoxicação por oxigênio);

• 19,5%: Limite de segurança;

• 16%: Fadiga e confusão mental;

• 12%: Pulso acelerado e respiração profunda;

• 6%: Coma seguido de morte em minutos.

As concentrações de oxigênio são mensuradas com a utilização de um equipamento especial. O responsável pela realização do teste é o Supervisor de Entrada, a pessoa capacitada para operar a permissão de entrada com responsabilidade para preencher e assinar a Permissão de Entrada e Trabalho (PET).

Dessa forma, para que o trabalhador entre em um espaço confinado deve receber uma Permissão de Entrada e Trabalho (PET) – emitida pela empresa, que consiste num documento escrito contendo o conjunto de medidas de controle visando à entrada e desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate.

Após receber a PET, o trabalhador está capacitado para entrar no espaço confinado, ciente dos seus direitos e deveres e com conhecimento dos riscos e das medidas de controle existentes.

Para que os acidentes sejam evitados certifique-se que a sua empresa segue a:

• NBR – 14.787 – “Espaços Confinados, Prevenção de Acidentes, Procedimentos e Medidas de Proteção”.

E atende a:

• NR – 33 – “Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados”

Os trabalhos realizados contam com a presença de um Vigia, que é o trabalhador que fica do lado de fora do espaço confinado e é responsável pelo acompanhamento, comunicação e ordem de abandono para os trabalhadores.

Assim, a empresa deve providenciar:

• Treinamento;

• Inspeção prévia no local;

• Exames médicos;

• Folha de Permissão de Entrada (PET);

• Sinalização e isolamento da érea;

• Supervisor de entrada e Vigia;

• Equipamentos medidores de oxigênio, gases e vapores tóxicos e inflamáveis;

• Equipamentos de ventilação;

• EPI;

• Equipamentos de comunicação e iluminação;

• Equipamentos de resgate.

É direito do trabalhador:

• Entrar em espaço confinado somente após o Supervisor de Entrada realizar todos os testes e adotar as medidas de controle necessárias;

• Não entrar em espaço confinado caso as condições não sejam seguras;

• Conhecer o trabalho e os riscos;

• Conhecer os EPI’s e procedimentos de segurança;

• Conhecer os equipamentos de resgate e primeiros socorros.

É dever do trabalhador:

• Fazer exames médicos;

• Comunicar riscos;

• Participar dos treinamentos e seguir as instruções de segurança;

• Usas o EPI.

É estritamente proibido, em locais confinados:

• Cigarros;

• Telefone celular;

• Velas, fósforos, isqueiros;

• Objetos que produzam calor, chamas ou faíscas, salvo quando autorizados pelo Supervisor de Entrada.

De acordo com o que foi apresentado, procure se informar sobre as condições de sua empresa. Se ela está enquadrada no que rege a legislação e se todas as medidas informadas existem e são realmente praticadas.

Exija sua segurança!

admin ajax.php?action=kernel&p=image&src=%7B%22file%22%3A%22wp content%2Fuploads%2F2019%2F12%2Fseguranca e na metalurgica como me manter seguro

E na metalúrgica, como me manter seguro?

08/12/2019 | Herbert Bento

O setor metalúrgico é responsável por um conjunto de procedimentos e técnicas para extração, fundição, tratamento e fabricação dos metais e ligas. Dessa forma, o trabalhador fica constantemente exposto a diversos tipos de riscos, alguns bastante preocupantes.

Riscos ambientais são aqueles capazes de causar danos à saúde do trabalhador. E quais são os riscos aos quais os trabalhadores metalúrgicos ficam expostos? Como evitá-los? Quais as medidas de segurança adotadas?

• Ruído: A exposição permanente ao ruído pode provocar lesões temporárias ou permanentes em diversas estruturas do ouvido. Além de problemas como dores, irritação, diminuição da concentração, estresse, etc. A perda auditiva induzida por ruído (PAIR) não tem cura, e causa a surdez permanente do trabalhador, devido à exposição ao ruído acima dos limites de tolerância. O limite de tolerância para oito horas (8h) de exposição é de 85dB.

As medidas adotadas para eliminação desse agente são de ordem administrativa e/ou coletiva. Podem ser aplicados rodízios entre os trabalhadores (diminuindo o tempo de exposição), enclausuramento de máquinas (quando possível) instalação de barreiras absorventes, mudanças de layout. Quando essas medidas não forem suficientes ou aplicáveis, utiliza-se métodos de proteção individual – EPI, como protetores auriculares. Estes não eliminam o agente danoso, somente minimizam a forma pela qual o ruído atingirá o trabalhador.

• Fumaça: Sua toxicidade varia de acordo com o tipo de substância que a produziu. Pode provocar, desde sensações de desconforto, como um sufocamento, que logo é cessado ao retirar o trabalhador do local, até graves intoxicações que atingem os pulmões e caem na corrente sanguínea.

Além disso, pode provocar irritação quando em contato com olhos, pele, boca e nariz. Portanto, para solucionar problemas desse tipo, a instalação de medidas coletivas como exaustores, rodízios ou pausas no trabalho, manutenção das máquinas, etc. devem ser adotadas. Para proteção individual dos trabalhadores, utilização do EPI adequado, como máscaras com respirador, são recomendados.

• Calor: A exposição prolongada ao calor excessivo pode provocar aumento da irritabilidade, fraqueza, depressão, ansiedade e dificuldade de concentração. Em casos extremos, pode acontecer desidratação, que é a perda excessiva de água pelo suor e pela respiração.

Como solucionar o problema do calor em um local onde a maioria das atividades o liberam? Medidas como cobertura e ventilação/exaustão dos galpões, mudanças no layout, barreiras isolantes, mudanças nos processos de trabalho (rodízio de trabalhadores) devem ser adotadas em prol do bem estar coletivo.

• Ritmos de trabalho: Muitas vezes ritmos de trabalho são determinados pelo ritmo da máquina. Com isso, o trabalhador acaba efetuando movimentos repetitivamente podendo ser acometido por doenças como LER/DORT. Esse tipo de doença é decorrente da forma como o trabalho é realizado.

Dentre as mais conhecidas LER/DORT podem ser citadas: tendinite (inflamação aguda dos tendões), bursite (inflamação da bursa, líquido que envolve os tendões), síndrome do túnel do carpo (inflamação aguda dos tendões), etc. Além das doenças, o trabalhador é acometido com fadigas musculares, alteração da sensibilidade, perda de controle dos movimentos, dor e formigamentos.

A melhor forma de prevenção é a intervenção na forma como as atividades são realizadas no local de trabalho. Medidas como ginástica laboral, intervalos durante a jornada, adequação das ferramentas de trabalho ao trabalhador, etc. são algumas das possíveis soluções para o problema.

• Produtos químicos: São substâncias fabricadas que se encontram sob a forma de gases, líquidos, pastas, pós, óleos, etc. São muito utilizados nos processos industriais para limpeza, como solventes em pinturas e para proteção e lavagem de peças. Seu potencial alto de causar danos à saúde, muitas vezes passa despercebido, pois muitos desses produtos fazem parte da rotina de trabalho dos trabalhadores.

Esses produtos são capazes de penetrar no organismo pela via respiratória, ou serem absorvidos através da pele ou ingestão. Podem ocasionar queimaduras, asfixias, doenças graves nos pulmões, fígado, rins, olhos, sistema nervoso, etc.

O tipo de dano causado ao organismo dependerá do tipo de substância. Portanto, é imprescindível que, para um controle efetivo desse risco, o produto químico não saia do local onde está sendo usado, que o contato com o trabalhador seja da forma mais segura possível e que ao manuseá-los o trabalhador esteja utilizando o EPI recomendado.

Seguindo esses procedimentos os trabalhadores conseguem manter um nível de segurança para realizarem suas atividades laborais prevenindo que danos sejam causados a suas saúde e integridade física.

admin ajax.php?action=kernel&p=image&src=%7B%22file%22%3A%22wp content%2Fuploads%2F2019%2F12%2Fseguranca cuidado com o manuseio de produtos quimicos

Cuidado com o manuseio de produtos químicos

08/12/2019 | Herbert Bento

Encontramos produtos químicos em todos os lugares. Suas características podem variar por concentrações, tipos, reação, etc, sendo todos eles perigosos.

Existem vários produtos químicos e eles podem reagir entre si formando novos compostos, que podem ser até mais prejudiciais que os originais.

Muitos acidentes acontecem com produtos químicos, inclusive em domicílios, mas nas indústrias e comércios as consequências são mais graves ainda.

As vias de penetração de produtos químicos são: via respiratória (nariz, boca, laringe, brônquios, bronquíolos, alvéolos pulmonares), via dérmica (pele ou lesão) e via digestiva ( mais comum em acidente doméstico).

No caso de exposição a produtos químicos, o dano ao corpo humano vai variar dependendo do tempo de exposição, da natureza do agente, da concentração e da sensibilidade individual.

Todo produto químico tem que vir acompanhado da FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico), ou mais recentemente a FDS (Ficha com Dados de Segurança).

Nessa ficha constam todas as informações sobre o produto químico, procedência, reação química, manuseio, telefones úteis em caso de acidente, entre outras.

Para o manuseio de produto químico também vale ressaltar a importância de consultar a ficha de emergência, para cada produto um manuseio diferente, verifique o rótulo com as informações básicas.

Caso seja necessário fracionar o produto, acondicione em recipientes adequados, rotulados com todas as informações relevantes a respeito do produto.

Não se esqueça do uso adequado dos equipamentos de proteção individual. Cuidado com o meio ambiente, caso haja derramamento, proceda conforme especificações técnicas e chame autoridades competentes.

O descarte do resíduo químico também deve seguir parâmetros específicos, seja o doméstico como resíduo de tinta em uma lata ou industrial que precisa seguir e cumprir a legislação ambiental brasileira.

Os produtos químicos podem reagir de forma violenta com outra substância química, inclusive com o oxigênio do ar ou com a água, produzindo fenômenos físicos tais como calor, combustão ou explosão ou então produzindo uma substância tóxica.

Na avaliação dos riscos devidos à natureza física, devemos considerar os parâmetros de difusão (pressão saturada de vapor e densidade de vapor) e os parâmetros de inflamabilidade (limites de explosividade, ponto de fulgor e ponto de autoignição).

As reações químicas perigosas tanto podem ocorrer de forma exotérmica quanto podem provocar a liberação de produtos perigosos, fenômenos que muitas vezes ocorrem simultaneamente. Para prevenir os riscos devido à natureza química dos produtos, devemos conhecer a lista de substâncias químicas incompatíveis de uso corrente em laboratórios a fim de observar cuidados na estocagem, manipulação e descarte.

Exemplos de substâncias químicas incompatíveis

SubstânciaIncompatibilidadeReaçãoÁcidos minerais fortesBases fortes
Cianetos
Hipoclorito de sódioNeutralização exotérmica
Liberação de gás cianídrico
Liberação de cloroÁcido nítricoMatéria orgânicaOxidação violentaOxidação violentaMatéria orgânica
MetaisOxidação
Decomposição

Ao manusear produtos químicos conheça suas características, tenha cautela, não deixe próximo de crianças, animais domésticos, sem identificação ou fonte de calor.

Informe a todos sobre o produto, principalmente aqueles que irão manusear, não deixar próximo de fontes de calor e alocar em local apropriado.

Com a prudência a segurança é para todos.

Primeiros socorros

Primeiros Socorros: procedimentos iniciais

24/11/2019 | Herbert Bento

Todos estão sujeitos a sofres algum tipo de acidente, seja no ambiente de trabalho, seja na vida pessoal/social. E por causa disso é preciso saber o mínimo necessário de primeiros socorros, para saber de que forma agir diante de um acidente.

Antes de tudo, vamos descobrir o que significa primeiros socorros.

É uma série de procedimentos simples com o intuito de manter vidas em situações de emergência. Os procedimentos são realizados por pessoas comuns, que detenham os conhecimentos, até a chegada de atendimento médico especializado. Então, primeiros socorros resume-se a realização de procedimentos temporários à vítima até que o auxílio profissional chegue ao local.

Cabe também aqui o entendimento da diferença entre emergência e urgência.

• Emergência: É uma condição imprevisível ou inesperada, que requer ação imediata, pois há risco de vida.

• Urgência: É necessário que algo seja feito com rapidez, porém não há risco de vida imediato.

Nunca se esqueça de que o atendimento de primeiros socorros não é suficiente para salvar a vítima, o correto é acionar ajuda profissional para que a vítima seja encaminhada ao hospital, para receber os socorros específicos.

Além disso, é necessária uma conduta adequada diante de uma situação de acidente:

• Mantenha a calma;

• Afaste curiosos;

• Isole e sinalize o local;

• Avalie o risco da cena;

• Tome cuidado para não se contaminar (caso esse seja o caso);

• Não manipule a vítima aleatoriamente, pois pode agravar a situação;

• Solicite auxílio profissional.

Após esses procedimentos, faça a avaliação inicial da vítima:

• A→ Abertura das vias aéreas (verificar se encontram abertas e sem obstrução) e estabilização da coluna cervical (com um colar cervical).

Obs.: Para a colocação do colar cervical, o ideal é que a pessoa tenha um conhecimento do processo, pois caso realize algum movimento errado pode acabar prejudicando a vítima.

• B →Boa ventilação/respiração: Checar se a respiração está presente. Se estiver ausente, iniciar respiração artificial.

• C → Circulação: Controlar hemorragias.

• D → Déficit neurológico: Determinar o nível de consciência da vítima.

• E → Exposição da vítima: Retirar as vestes para encontrar possíveis lesões e prevenir a hipotermia.

Para avaliar o nível de consciência da vítima siga o passo a passo:

• A → Alerta: Se a vítima está ou não acordada.

• V → Verbalizando: Se a vítima é capaz de falar (nome, idade, dia, etc.).

• D → Dor: Se a vítima sente dores ou não.

• I → Inconsciência: Se a vítima não responde aos itens anteriores.

Há ainda alguns mitos que as pessoas creem se tratar de verdades a respeito de primeiros socorros. Vamos desvendá-los agora!

• Caso uma pessoa seja picada por uma cobra, nunca chupe o local para retirar o veneno, pois você não sabe a prática correta desse procedimento e poderá também se contaminar com o veneno do animal. Também não é aconselhável o uso de torniquetes, pois por barrar a circulação pode gangrenar o local, causando a perda do membro.

• Urinar sobre uma queimadura não soluciona nada!

• Manteiga também não melhora queimaduras.

• Não coloque a mão dentro Ca boca de uma pessoa que está tendo uma crise convulsiva. A pessoa está inconsciente e pode acabar de mordendo, acidentalmente. O correto é virar a pessoa de lado, estabilizando a cabeça e retirando objetos próximos, para que a língua fique para fora da boca.

• Não puxe o ferrão ao ser picado por uma abelha. Ao fazer isso, o veneno se espalha pelo organismo. Procure socorro médico.

• Em caso de sangramento nasal, não coloque a cabeça pra trás nem entre as pernas. O correto é pressionar a parte carnosa do nariz, como se fosse prender a respiração por cerca de dez minutos. Se após 15 minutos ainda houver sangramento, procure socorro médico.

Esses são os procedimentos iniciais para que os primeiros socorros sejam prestados. Nunca se esqueça de que você vem em primeiro lugar, e se o risco de socorrer a vítima for maior do que você acha que pode conseguir administrar, não o faça! Você está em primeiro lugar, sempre! Decisões inconsequentes de nada adiantam, e em vez de ajudar, a situação pode acabar se agravando.

Pense antes de agir!

admin ajax.php?action=kernel&p=image&src=%7B%22file%22%3A%22wp content%2Fuploads%2F2019%2F11%2Feguranca ruido e vibracoes a parte desagradavel de operar uma britadeira

Ruído e vibrações da britadeira

16/11/2019 | Herbert Bento

O que você prefere? Ouvir um estilo musical que não goste nas alturas ou o barulho emitido por uma britadeira? Muitos irão dizer “a música, claro”. Devido ao alto e irritante barulho emitido pela britadeira, essa com certeza não seria a opção da maioria das pessoas.

Mas para alcançarmos o problema do início, vamos entender algumas classificações:

– Som: Geralmente algo agradável aos ouvidos, que não irrita ou perturba.

– Ruído: Popularmente conhecido como barulho, é um som desagradável, indesejável, perturbador.

De acordo com essa definição, as músicas podem ser classificadas como som para alguns e ruído para outros, devido à diversidade musical que existe!

Pois bem, definitivamente, o que é emitido pela britadeira está classificado como ruído. Agora imagine ouvir esse ruído o dia inteiro, durante toda a jornada de trabalho. É de enlouquecer qualquer um, certo? Mas existem trabalhadores que necessitam utilizar máquinas como a britadeira, para efetuarem suas atividades.

Principalmente no setor da construção civil, a britadeira é essencial para quebrar e perfurar materiais resistentes como concreto, cimento e asfalto. E, além do ruído, essa máquina também emite vibrações para o trabalhador.

– Vibrações: São quaisquer movimentos que se repetem, regular ou irregularmente, depois de um intervalo de tempo.

Ruídos e vibrações: britadeira


Agora a situação se tornou ainda pior, porque além de ter que conviver com o ruído, o trabalhador ainda necessita trabalhar com o corpo em constante vibração.

Podemos dizer então, que, muito provavelmente esses fatores com os quais o trabalhador precisa lidar muito provavelmente irão trazer algum (ou alguns) dano a sua saúde e/ou integridade física.

Quais seriam esses danos? E qual a melhor forma de evitá-los?

• Ruído: A Norma Regulamentadora número 15 (NR-15) estabelece que, para um tempo de exposição de oito horas, o limite de tolerância permitido para ruído é de 85dB. Isso significa dizer que, quando o limite de tolerância é excedido, trará danos ao trabalhador.

Para se ter uma ideia, uma britadeira emite um ruído de 100dB! De acordo com a NR-15, o limite máximo de exposição de um trabalhador a esse ruído, sem proteção adequada, é de uma hora!

Exposição permanente ao ruído pode provocar lesões temporárias ou permanentes em diversas estruturas do ouvido. Além de problemas como estresse, comportamento agressivo, insônia, entre outros. O problema mais conhecido denomina-se PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruído), que consiste na perda da audição provocada por exposição por tempo prolongado ao ruído.

A PAIR não possui tratamento. Portanto, é imprescindível que medidas de segurança sejam adotadas para a proteção do trabalhador, como:

– Utilização de EPI adequado (protetor auricular), exames médicos periódicos e imitação do tempo de exposição à britadeira.

• Vibrações: Quaisquer movimentos que se repetem, regular ou irregularmente, depois de um intervalo de tempo.

As vibrações podem ser classificadas em dois tipos:

– Localizadas: Atingem certas partes do corpo, principalmente mãos e braços (como é o caso da britadeira).

– De corpo inteiro: Transmitidas ao corpo todo.

Os danos causados ao trabalhador compreendem problemas de ordem vascular, neurológica e muscular. O problema mais conhecido é a HAVS (Síndrome de Vibração das Mãos e Braços). Essa síndrome ataca os nervos, vasos sanguíneos, músculos e articulações das mãos, pulsos e braços. É capaz de incapacitar o trabalhador causando dor intensa nos dedos. Assim como a PAIR, não possui cura.

Como medidas de segurança para a proteção do trabalhador, observa-se:

– Utilização de EPI adequado (luvas anti-vibração), limitação do tempo de exposição à britadeira, manutenção periódica do equipamento, treinamentos, etc.

Trabalhador bem informado é sinônimo de trabalhador seguro!

admin ajax.php?action=kernel&p=image&src=%7B%22file%22%3A%22wp content%2Fuploads%2F2019%2F11%2Fseguranca desvendando os misterios do fogo

Desvendando os mistérios do fogo!

15/11/2019 | Herbert Bento

Há muitos milhares de anos atrás, os seres humanos primitivos descobriram o fogo. Ainda não se sabe como foi criado, mas é fato que, a partir do momento em que o homem conheceu e conseguiu dominar o fogo, houve mudanças gratificantes na sua vida.

A partir daí, a vida dos seres humanos mudou drasticamente. Desde a dieta (que passou a possuir alimentos cozidos), produção de ferramentas, melhoria das condições de vida, dentre outros.

Assim podemos observar que o fogo vem atuando de forma produtiva nas nossas vidas desde muito tempo. Mas o que você sabe sobre ele? Conhece suas características químicas? Sabe diferenciar fogo de incêndio? E no caso de um acidente, saberia solucionar o problema? Pois bem, vamos entender passo a passo todos esses itens!

O fogo nada mais é do que uma reação química que origina luz, calor e chamas. Para que ele exista é necessário que haja combustível, calor e comburente. E a junção desses três elementos origina o Triângulo do Fogo, ou seja, os elementos sem os quais o fogo não existe. Mas o que são essas coisas?

– Combustível é todo material que queima. Pode ser sólido (madeira), líquido (álcool) ou gasoso (butano). De acordo com o tipo de material, a forma como será queimado se diferencia.

– Sólidos: Queimam em superfície e em profundidade deixando resíduos. Imagine um pedaço de madeira sendo queimado, ele queima por fora (superfície), por dentro (profundidade) e deixam resíduos (fuligem).

– Líquidos: Queimam em superfície e não deixam resíduos. Imagine uma poça de álcool pegando fogo. No fim, não restará nada de lembrança.
– Gasosos: Queimam toda sua massa quase de uma vez (como uma explosão). Imagine uma sala onde o butano esteja sendo manuseado. Caso um acidente aconteça, ocorrerá uma explosão, não restando nada.

– Calor: É o elemento responsável por iniciar o fogo. Pode ser uma faísca, uma chama ou até o superaquecimento de aparelhos energizados.
– Comburente (oxigênio): É o elemento que ativa o fogo, ou seja, quem da vida ao fogo.

Após iniciada a combustão, começa a se desenvolver uma reação em cadeia, que promove uma transformação, gerando mais fogo, como que num ciclo. Esse processo é denominado Quadrilátero do Fogo, ou Tetraedro do Fogo. Dessa forma, o fogo produz sua própria energia (calor), enquanto houver comburente (oxigênio) e combustível para queimar.

Dessa forma, podemos concluir que o fogo é algo controlável, desejado e produtivo. Enquanto o incêndio, por outro lado, é caracterizado pelo fogo não controlado, indesejado e destrutivo. Em vários casos pode levar a morte, seja pela inalação de gases ou por queimaduras.

Vamos agora conhecer as classes de incêndio, para que possamos identificar rapidamente qual o melhor método de extinção do mesmo, no caso de um acidente.

– Classe A: Fogo em combustíveis sólidos (madeira, papel, tecidos, plásticos, etc.). Como já visto, queimam em superfície e em profundidade, deixando resíduos. Sua simbologia é um triângulo verde com a letra “A” dentro.

– Classe B: Fogo em combustíveis líquidos inflamáveis (gasolina, acetona, éter, GLP, diesel, etc.). Também já foi visto que queimam em superfície e não deixam resíduos. Sua simbologia é um quadrado vermelho com a letra “B” dentro.

– Classe C: Fogo em materiais/equipamentos energizados (geralmente equipamentos elétricos). Deve-se desligar o quadro de força, transformando o incêndio de Classe C, para Classes B ou A. Sua simbologia é um círculo azul com a letra “C” dentro.

– Classe D: Fogo em metais pirofóricos (alumínio, antimônio, magnésio, etc.). São difíceis de serem apagados. Sua simbologia é uma estrela amarela com a letra “D” dentro.

Para cada classe de incêndio, há um tipo de extintor específico. A brigada de incêndio da sua empresa deve estar apta a realizar esse procedimento, de identificação do tipo de incêndio e da utilização do extintor adequado. Não utilize extintores se você não sabe manuseá-los, e muito menos se não sabe qual o extintor adequado para cada tipo de fogo. Procure ajuda imediatamente, e se afaste do local.

Com o conteúdo visto aqui, você já é capaz de identificar os tipos de materiais que pegam fogo, e dessa forma, tem a consciência das medidas preventivas a serem tomadas, para que um incêndio seja evitado!

Mas lembre-se, nunca faça algo para o qual não foi treinado! Preserve sua vida acima de tudo!

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Torneiro Mecânico, você conhece bem seu trabalho?

10/11/2019 | Herbert Bento

Usinagem é o nome dado a um processo mecânico onde a peça é a matéria prima de um processo de remoção de material. Ou seja, é submeter um material bruto a ação de uma máquina ou ferramenta para ser trabalhado.

Dentre os vários processos de usinagem existentes, vamos tratar do torneamento. É conhecida por torno mecânico a mais importante das máquinas-ferramenta. É também um dos processos de fabricação mais antigos, utilizados para criar vasilhas de cerâmicas. Somente no começo do século passado passou a ser usado para o trabalho dos metais. O funcionamento do torno se dá na rotação da peça sobre seu próprio eixo para produzir superfícies cilíndricas ou cômicas. A partir daí, se permite a obtenção de grande parte dos perfis cilíndricos e cônicos necessários aos produtos da indústria mecânica.

De acordo com a NBR 6175:1971 “O torneamento é o processo mecânico de usinagem destinado à obtenção de superfícies de revolução com o auxílio de uma ou mais ferramentas monocortantes. Para tanto, a peça gira em torno do eixo principal de rotação da máquina e a ferramenta se desloca simultaneamente segundo uma trajetória coplanar com o referido eixo”.

Existem vários tipos de torno mecânico, de acordo com a peça a ser usinada como, por exemplo:

– Torno Mecânico Universal /Simples/Horizontal: Compreendem os mais comuns e mais usados. Não são utilizados para produção em série pela dificuldade na troca da ferramenta. Pode executar operações que normalmente outras máquinas executariam, como furadeira, fresadora e a retificadora (com adaptações simples). Tem a capacidade de realizar todas as operações: faceamento, torneamento externo e interno, broqueamento, furação e corte.

– Torno Revólver: Pode empregar várias ferramentas, bem dispostas e preparadas, para realizar as operações ordenadamente e sucessivamente. É comumente utilizado na fabricação de peças em série.

– Torno de Placa: Usado em trabalhos de mecânica e caldeiraria pesada, como peças de grande diâmetro tipo polias, volantes, flanges, etc.

– Torno Vertical: Usado para tornear peças de grande dimensão, que por causa do peso, são mais facilmente montadas sobre uma plataforma horizontal, do que sobre uma plataforma vertical.

– Torno Copiador: Os movimentos que irão definir o formato da peça são comandados por mecanismos que imitam o contorno de um modelo.

E quais são os procedimentos que um torneiro deve seguir para garantir sua segurança?

– Exame do torno: Verifique as condições de uso e faça ajustes, se necessários.

– Limpar com ar comprimido, diariamente.

– Verificar os níveis de óleo.

– Manter a área de trabalho sempre limpa.

– Verificar se os conjuntos estão fixados.

– Nivelar: Prática realizada com nível de bolha. Inicie a verificação pelo lado do cabeçote fixo, já que o seu peso e o das peças a tornear tender a arriar o torno para esse lado.

Não seguir os procedimentos corretos, manusear a máquina sem o treinamento adequado, realizar tarefas que não correspondam a sua função, são exemplos de como não se proteger e, consequentemente, não se manter seguro.

Haja com consciência e diante de alguma dúvida, não hesite em procurar ajuda!

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Como proceder corretamente o descarte de material biológico

10/11/2019 | Herbert Bento

Todos os trabalhadores, independente da linha na qual trabalham, ou do setor, estão expostos à exposição aos Riscos Ambientais. Portanto existe uma classificação especial em relação à segurança dos trabalhadores, que está contida na Norma Regulamentadora número 9 (NR – 9).

De acordo com a NR – 9, os Riscos Ambientais podem ser definidos da seguinte maneira:

• Os riscos ambientais são os agentes físicos, químicos ou biológicos existentes no ambiente de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores.

Diante disso, há uma classe especial de trabalhadores que está relacionada diretamente com os riscos biológicos. Nesta classe encontram-se aqueles que trabalham em hospitais, consultórios dentários, clínicas veterinárias, matadouros, frigoríficos, lavanderias hospitalares, etc. Assim, ainda de acordo com a NR – 9, os riscos biológicos podem ser classificados como:

• A probabilidade de exposição ocupacional a agentes biológicos (microorganismos) indesejáveis.

Relacionado aos riscos biológicos, podemos dizer que uma das partes mais importantes da relação com a segurança acontece no final. Mas como assim? Simples. Como em muitos casos os agentes biológicos causam doenças graves e algumas vezes até fatais, toda vez que esses agentes forem manipulados, o material utilizado precisa ter a destinação correta. No caso desta não ser perfeitamente efetuada, não somente os trabalhadores correm riscos, mas também o meio ambiente.

O descarte de material biológico tem tanta importância quanto o correto manuseio dos agentes, como o uso de EPI adequado e como o conhecimento de práticas seguras.

Risco biológico nos remete a biossegurança. Para que haja a prevenção, minimização ou eliminação dos riscos inerentes, medidas de biossegurança devem ser adotadas. Tais medidas são aplicadas tanto dentro dos ambientes nos quais os agentes biológicos são manipulados, como também na destinação final do material.

Algumas das medidas de biossegurança são:

• Utilizar o EPI de acordo com a classe de risco do agente biológico;

• Possuir pleno conhecimento do trabalho que será realizado;

• Descontaminar todas as superfícies de trabalho diariamente;

• Possuir treinamento específico para o trabalho a ser realizado.

Sendo assim, qual é a forma correta de destinação final do material biológico?

• O descarte de materiais perfurocortantes (agulhas, seringas, tubos quebrados, tubos contendo material biológico) deve ser realizado em recipientes de paredes rígidas com tampa (por exemplo, latas de leite em pó) e sinalizado como “INFECTANTE”, ou em caixas coletoras próprias para o material infectante.

• O trabalhador não deve quebrar, recapar ou entortar agulhas ou qualquer material perfurocortante após o uso.

• O trabalhador não deve retirar a agulha da seringa manualmente. Deve ser utilizado um procedimento mecânico para tal fim.

• Papéis contaminados, luvas, gaze, algodão e outros devem ser recolhidos em lixeiras com tampa e pedal, contendo saco de lixo específico para material infectante.

• Todo material biológico contaminado que ofereça risco à saúde, deverá ser autoclavado antes do descarte.

• Alguns produtos nunca devem ser jogados na pia ou no lixo comum:

o Produtos que reagem fortemente com a água (ex.: metais alcalinos);

o Produtos tóxicos (ex.: fenol);

o Produtos inflamáveis;

o Produtos pouco biodegradáveis;

o Produtos biológicos (potencialmente patogênicos) que não tenham sofrido a descontaminação.

Lembre-se sempre que destinando corretamente o lixo e praticando as normas de segurança, a vida de outros trabalhadores também será preservada!

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Quase acidentes: quem é o culpado?

09/11/2019 | Herbert Bento

A escada quase caiu, o carro quase atropelou uma pessoa, o andaime quase desabou, o cinto de segurança quase arrebentou. Os “quase” estão bastante presentes na vida de todos nós. E devemos designar a devida importância a essa questão.

De acordo com o dicionário, quase é definido como “por um triz que não”, ou seja, estava muito próximo de acontecer, mas não aconteceu. Acidente pode ser definido como “uma ocorrência que interrompe uma atividade normal”. Somando as duas palavras, obtemos quase acidente, que pode ser definido com “sinais iminentes de um acidente”, isto é, o que acontece para nos lembrar de que os acidentes existem e devem ser prevenidos ou, se possível, eliminados.

Os quase acidentes muitas vezes estão relacionados a condições inseguras oferecidas pelo local de trabalho, que acabam acarretando atos inseguros por parte dos trabalhadores, e por fim, gerando um quase ou um acidente real.

Mas o que são condições inseguras?

São condições oferecidas pelo ambiente (local de trabalho) possíveis de causar um acidente. Portanto, devem ser eliminadas. Por exemplo: pisos quebrados, escadas sem todos os degraus, etc.

E os atos inseguros?

Estão diretamente relacionados com o ser humano, pois compreendem as ações realizadas pelos mesmos. Dessa forma, não podem ser eliminados, já que não é possível prever quais ações cada pessoa realizará. O que pode ser feito é somente atenuar os atos, para que estes não sejam tão danosos.

Os quase acidentes, por vezes, são situações de perigo nas quais a sequência dos fatos, caso não fosse interrompida, poderia causar um acidente.

Pense na seguinte situação. Você está trabalhando em uma construção civil. Sua tarefa é auxiliar outro trabalhador que está pregando alguns pedaços de madeira, para criar uma espécie de palanque. Por algum motivo qualquer você se distrai e, em fração de segundos, esquece sua mão próxima do local onde o prego será fixado. Mas, para sua sorte, o seu colega de trabalho está bastante concentrado e atentou (a tempo) para a sua mão “esquecida” no local inadequado, e te alertou para retirá-la dali, e prestar mais atenção no que estava realizando.

Veja bem, frações de segundos que salvaram sua mão de ser atingida por uma martelada que poderia fazer com que um dedo fosse perdido, ou até danificar para sempre sua mão. E como caracterizamos esse fato? Um ato inseguro. Pois foi sua culpa não ter feito o que era esperado, se concentrar para a realização da sua atividade. E quem seria o prejudicado? Você.

E é assim que na maioria das vezes acontece com os quase acidentes. O maior prejudicado acaba sendo aquele que realizou a ação, ou o que estava trabalhando em um local inseguro.

Para evitar que um quase acidente se transforme num acidente com consequências indesejáveis, siga algumas dicas:

• Mantenha sempre a atenção no que está fazendo;

• Avalie as condições do local de trabalho, se estão adequadas ou não;

• Pense antes de realizar a atividade proposta;

• Não faça se não se sentir preparado;

• Pondere suas ações;

• Lembre-se sempre: a pressa é sua inimiga, e não sua aliada!

Preserve sua vida antes de tudo!

Boa sorte!

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Riscos Químicos: ameaça ou não?

08/11/2019 | Herbert Bento

Muitos são os trabalhadores que se encontram frente aos riscos químicos diariamente. E mesmo assim, muitos não sabem quais são os efeitos que os agentes químicos podem trazer a saúde. Começaremos então pela definição.

De acordo com a Norma Regulamentadora número nove (NR – 9):

“Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, o e que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou ingestão”.

Como visto na descrição, os agentes químicos são encontrados sob diversas formas, como veremos a seguir:

• Poeiras: São partículas sólidas geradas muito pequenas geradas pela quebra de partículas maiores.

Por exemplo: Sílica, carvão mineral, algodão, bagaço de cana-de-açúcar, etc.

• Fumos: São partículas sólidas produzidas por condensação de vapores metálicos.

Por exemplo: Fumos provenientes da soldagem.

• Névoas: Partículas líquidas resultantes da condensação de vapores ou da dispersão de líquidos.

Por exemplo: Processo de pintura.

• Gases: GLP, hidrogênio, butano, etc.

• Vapores: São dispersões de moléculas no ar que podem se condensar para formar líquidos ou sólidos.

Por exemplo: Gasolina, naftalina, etc.

Existem mais de 23 milhões de substâncias químicas conhecidas, das quais cerca de 200 mil são usadas em todo o mundo. Essas substâncias, como dito anteriormente, estão presentes nos locais de trabalho, e também nas nossas casas, escolas, hospitais, etc. Muitas são usadas em benefício da vida humana, mas outras são capazes de provocar danos à saúde e ao meio ambiente.

As substâncias químicas podem causar vários danos à saúde, mas para que isso aconteça é preciso que (antes) entre em contato ou penetrem no nosso organismo. A penetração varia de acordo com o tipo de substância e sua forma de utilização. São três as vias de penetração:

• Via cutânea (pele);

• Via digestiva (boca);

• Via respiratória (nariz).

Após penetrar no nosso organismo, a ação dependerá muito das características químicas da substância, como por exemplo:

• Concentração: Quanto maior, mais rápido os agentes nocivos irão se manifestar no organismo;

• Sensibilidade individual: O nível de resistência à substância varia de pessoa para pessoa;

• Toxicidade: É o potencial tóxico da substância no organismo;

• Tempo de exposição: O tempo que o organismo fica exposto à substância.

Podemos então resumir até agora que, o tipo de dano que poderá ocorrer no nosso organismo dependerá primeiramente do tipo de substância com a qual estamos lidando. Algumas são capazes de provocar queimaduras, outras irritações, asfixias, problemas na pele (dermatites), tonturas,

problemas em várias partes do corpo, podendo causar doenças de fácil tratamento e cura, como até doenças graves e/ou incuráveis (câncer, silicose, asbestose, etc.). Alguns tipos de substância podem até provocar explosões e incêndios.

Há ainda alguns fatores que devem ser considerados, pois afetam a possibilidade dos agentes químicos ocasionarem um dano:

• Condições da exposição no local de trabalho: Condições dos equipamentos, manutenção, se existem sistemas de exaustão de gases, se a forma de descarte dos resíduos está correta, etc.

• Características da exposição: O risco do trabalhador aumenta juntamente com o aumento da concentração da substância química.

• Organização do trabalho: Trabalhos estressantes, repetitivos, sob pressão podem alterar o estado mental do trabalhador ocasionando um acidente de trabalho.

E de que forma esse risco pode ser controlado?

Controlar um risco significa diminuir e, se possível, eliminar a possibilidade da substância química provocar um dano. Então, a primeira coisa a ser feita é conhecer o risco para poder controlá-lo. Depois há uma avaliação dos riscos, ou seja, saber quais são os riscos com os quais estamos lidando.

Nessa etapa são implementados os EPC e os EPI adequados para cada substância química. Por fim, para um controle eficiente, é imprescindível:

• Que o produto químico não saia do local onde está sendo usado, ou guardado, ou seja, não se espalhe pelo ambiente.

• Que o contato da substância com o trabalhador seja da forma mais segura possível.

• Que os EPI e EPC sejam utilizados de forma correta, com o devido treinamento dos trabalhadores em questão.

Podemos concluir que, os riscos existem, mas isso não significa que são uma ameaça em nossas vidas. Agindo de forma coerente, conhecendo o trabalho e seguindo as normas se segurança, estaremos seguros diante de qualquer ameaça!