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(DDS) Construção Civil

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Andaimes: 7 dicas de segurança

22/09/2020 | Herbert Bento

Andaimes são estruturas muito comuns na indústria da construção.

Infelizmente, ainda recebemos relatos de sérios acidentes envolvendo andaimes.

Muitas vezes porque os requisitos mínimos de segurança não são seguidos.

Não é a toa que a NR 18 dedica o item 18.12 inteiramente a essas estruturas.

Nos baseamos no texto que vale a partir de fevereiro de 2021.

O profissional da SST que atua na indústria da construção deve conhecer bem os requisitos mínimos de segurança.

Só assim ele pode exigir que, durante a obra, os andaimes sejam usados corretamente sem expor os trabalhadores a riscos desnecessários.

Vejamos 7 dicas de segurança em andaimes

( segundo a NR 18)

1) é proibido o deslocamento das estruturas do andaime com trabalhadores sobre os mesmos;

2) o fornecedor do andaime deve ser uma empresa regularmente inscrita no conselho de classe;

3) devem ser acompanhados de manuais de instrução, em língua portuguesa, fornecidos pelo fabricante, importador ou locador;

4) a montagem, uso e desmontagem deve ser realizada por trabalhadores capacitados que receberam treinamento específico para o tipo de andaime usado e sempre com o uso de SPIQ (Sistema de Proteção Individual contra Quedas);

5) no caso de andaimes suspensos, os sistemas de fixação e sustentação e as estruturas de apoio devem suportar, pelo menos, 3 vezes os esforços solicitantes e ser precedidos de projeto elaborado por profissional legalmente habilitado;

6) Os andaimes suspensos, quando elétricos ou motorizados, devem seguir protocolos específicos de segurança, conforme manual do fabricante;

7) Os andaimes suspensos devem dispor de ponto de ancoragem do SPIQ independente do ponto de ancoragem do andaime.

Essas são apenas 7 requisitos de segurança dentro os tantos detalhados na NR 18. 

Para informações completas sobre segurança em andaimes, consulte a NR 18. Atenção, o novo texto entra em vigor em fevereiro de 2021.

Até o próximo DDS ONLINE!

Herbert Bento

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Trabalho na construção civil é coisa séria

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andaimes: 7 dicas de segurança (DDS)Andaimes: 7 dicas de segurança
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BETONEIRA

11/08/2020 | Herbert Bento

No DDS Online de hoje vamos falar sobre uma máquina muito usada na construção civil, a betoneira. Vamos ver para que serve esse equipamento, quais os riscos existentes e como fazer para que o trabalhador esteja protegido.

O que é uma betoneira?

Também conhecida como misturador de concreto, é o equipamento utilizado para mistura de materiais como pedra, areia, cimento e água, na proporção adequada para a produção de concreto. Em geral, o teor da mistura é especificado pelo arquiteto, engenheiro civil ou do mestre de obras responsável.

Quando a obra é pequena dá para fazer o concreto manualmente, mas , em obras maiores, é comum vermos o uso de betoneiras, desde modelos pequenos de 100 litros, ou até mesmo através do uso dos caminhões betoneira.

O uso da betoneira, se comparado a mistura manual, diminui a chance de contato do cimento com a pele, inspirações de poeiras e dores devido a má postura.

Entretanto, embora a máquina elimine alguns riscos, ela cria outros.

Para operar a betoneira com segurança vamos usar medidas de proteção coletivas, medidas administrativas e medidas de proteção individuais.

Segurança com betoneira

Uma betoneira para ser adequada a NR 12 precisa possuir o sistema de proteção coroa-pinhão, em outras palavras, as engrenagens e roldanas , não devem estar expostas. E também devemos proteger o motor que deverá estar enclausurado.

A máquina também deve dispor de aterramento elétrico em perfeito estado e trava de segurança. O aterramento elétrico serve para prevenir fugas de energia e proteger os usuários de choques elétricos.

Os EPI recomendados são: 

  • Protetor de ouvido;
  • Óculos de segurança;
  • Máscara específica para poeiras;
  • Luva e Calçado de segurança.

Em termos de medidas administrativas podemos citar os procedimentos operacionais, treinamentos e ordens de serviço.

E por falar em treinamentos, o que você precisa colocar no Power Point para…

Treinamento de operador de betoneira

Vou responder a essa pergunta mostrando um vídeo que contém um exemplo de Power Point para treinar o operador de betoneira.

Todo treinamento de máquina deve ser adaptado para a realidade do trabalho, então, use como base o manual de instruções que betoneira que está sendo usada no canteiro.

É essencial destacar as medidas de prevenção necessárias para a operação segura do equipamento, e também os EPI exigidos.

Esse power point mostrado no vídeo tem 49 slides e inclui diversas outras informações como responsabilidade do operador, diversos vídeos para tornar o treinamento mais dinâmico, recomendações de inspeção e limpeza e muito mais.

E se deseja ter acesso a esse Power Point, saiba que ele é parte integrante do Pendrive Especialista NR 18 Construção Civil

Espero que tenha gostado desse DDS sobre betoneira.

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O perigo de dormir no canteiro de obras

19/01/2020 | Herbert Bento

Muitas são as obras espalhadas pelas cidades, ainda mais nessa época que a construção civil está em alta no Brasil. Com o advento das olimpíadas, a copa do mundo e a expansão dos projetos de governo a área está crescendo a cada dia.

Sabemos que, a construção civil é um dos segmentos que mais acontecem acidentes no trabalho, emprega maior parte dos trabalhadores, recebe muita mão de obra desqualificada e é o ambiente com maior índice de riscos ambientais existentes entre os demais segmentos.

É caracterizada por um trabalho braçal que exige muito esforço físico de seus trabalhadores e na maioria das vezes a céu aberto, exposto a altas e baixas temperaturas constantemente.

O ritmo de trabalho é acelerado, pois as obras tem prazo de término e entrega de tudo pronto na data determinada.

Por ser um segmento de grande concentração de pessoas, muitos riscos ambientais para se identificar e controlar, muitas vezes passam desapercebidos fatos que inclusive acontecem todos os dias, mas por vista grossa ou pura falta de visão crítica, se torna uma rotina e não é mais enxergada como um risco ambiental.

A alimentação é um fator importante para a segurança no trabalho se preocupar, pois a devida alimentação é fundamental para a saúde dos trabalhadores e para o rendimento, pois na maioria das vezes é uma alimentação pesada e com muita gordura e carboidrato.

Normalmente o que acontece após a refeição é a quebra do ritmo, em conjunto com a temperatura externa alta (no verão, por exemplo), o que prossegue o almoço é a famosa “preguiçinha” que após o horário de refeição diminui o ritmo de trabalho e também causa a desatenção inerente aos riscos de exposição a cada um.

Uma solução para isso é o famoso cochilo depois da comida, o que é muito recomendável, faz muito bem para a saúde, restabelecer as energias e a atenção, considerando que quebra o stress advindo das atividades.

Mas, existe um grande vilão nessa área, na construção civil ou canteiro de obras a maior parte das atividades são realizadas ao ar livre, e muitos funcionários tiram sua soneca em lugares que proporcionam perigo e risco a sua vida e a dos demais.

Diversos acidentes e fatalidades já ocorreram devido a esse ato inseguro, pois por lei a empresa tem que proporcionar um local adequado de descanso e os funcionários precisam respeitar esse limite, pois é muito comum vermos dormindo nas praças públicas, trilho de trem ou metrô, estacionamentos ou no meio da obra.

A melhor forma de alertar é a conscientização, é imprescindível abordar o tema em palestras, dds´s, sipat´s, cipa e no próprio sesmt, pois mais pessoas não podem morrer ou se acidentarem por falta de informação ou principalmente por falta de condições ambientais que a empresa não proporciona de forma adequada aos seus empregados.

É uma área muito rotativa, pessoas de diversas culturas, então o primordial é que se mantenha uma comunicação, um diálogo constante com todos os envolvidos e principalmente diálogo diário, pois o que é normal, sem perigo para muitos é sim um risco ambiental presente e constante. Fique alerta!

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Qualidade de Vida no Trabalho: O Caso do Canteiro de Obras

16/11/2019 | Herbert Bento

Nos dias atuais ouve-se muito falar sobre Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), o que está diretamente relacionado à saúde do trabalhador, bem estar físico e mental, suas ações, seus hábitos de vida, seus relacionamentos sociais, isto é, ter Qualidade de Vida no Trabalho é obter um equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional.

Assim, podemos dizer que a QVT surge com o intuito de oferecer aos trabalhadores um ambiente favorável para o atendimento das suas necessidades e seu desenvolvimento integral (pessoal e profissional). Os fatores psicológicos, políticos, econômicos e sociais do trabalhador são levados em consideração.

O setor da construção civil é caracterizado por ser uma atividade que usa intensivamente mão de obra, não possui muita mecanização, possuir caráter nômade (ou seja, o trabalhador muda de obra sempre que uma termina), ter alta rotatividade dos operários e apresentar altos índices de acidentes de trabalho.

A QVT é aplicada na construção civil com o intuito de tornar os cargos mais satisfatórios e produtivos, promovendo a reformulação dos cargos e postos de trabalho, criando equipes de trabalho e melhorando o ambiente. Dessa forma os resultados serão observados na produtividade e satisfação dos trabalhadores.
E de que forma a QVT é aplicada em um canteiro de obras?

Através da realização de exames médicos periódicos, como:

• Acuidade visual;

• Exame de audição;

• Exame de coração;

• Exame de pressão;

• Teste de diabetes;

• Hemograma (exame de sangue);

• Dentista;

• Avaliação da saúde mental.

Exames médicos têm o intuito de zelar pela boa qualidade de vida dos trabalhadores. Os mencionados acima são apenas alguns exemplos dos quais o trabalhador precisa realizar para que assegure seu bem estar. Não deixe de realizar os exames de forma recorrente.

Algumas empresas realizam campanhas nas quais todos os exames são realizados sem custo nenhum para o trabalhador. Aproveite essa oportunidade, se esse for o caso da sua empresa, e não deixe sua saúde para depois.

• É importante que alguns cuidados sejam tomados, como:

o Utilização de protetor solar, repondo-o várias vezes ao dia. Dessa forma, o trabalhador fica protegido da radiação ultravioleta e diminui as chances de desenvolver uma doença ou até mesmo um câncer de pele.

o Utilização dos EPI’s adequadamente.

o Realização de treinamentos. Trabalhador com conhecimento e atualizado é sempre mais produtivo e qualificado!

o Campanhas de vacinação são altamente importantes, pois em muitos casos são encontrados trabalhadores com a carteira de vacinação incompleta. Se esse for o seu caso, informe ao responsável pelo setor. Ele fará o encaminhamento correto para que a vacina seja ministrada.

• Palestras educativas também são bastante lucrativas, como:

o Palestra de Ergonomia: Onde o trabalhador vai aprender a lidar melhor com seu corpo, conhecer técnicas de alongamento para serem realizadas durante o período de trabalho, técnicas de relaxamento e vai entender porque é importante manter-se sempre na posição correta na realização de suas funções.

o Palestra sobre Tabagismo: Informações acerca dos malefícios do cigarro.

o Palestra sobre Alcoolismo: Informações acerca dos malefícios das bebidas alcoólicas e dos riscos de acidentes relacionados a pessoas que vão trabalhar sob efeito do álcool.

o Palestra sobre DST: Informações acerca das doenças e formas de prevenção.

o Palestra sobre Drogas: Informações acerca dos malefícios das drogas, assim como dos problemas de quem trabalha sob efeito delas.

• Incentivos aos trabalhadores como premiações aumentam a autoestima e, consequentemente, melhoram a produtividade na empresa.

• Disponibilidade de um psicólogo na empresa. É importante para os trabalhadores terem a oportunidade de lidar diretamente com um profissional específico da área da psicologia, para descobrirem qual a melhor forma de lidar com possíveis problemas que venham a existir, tanto no âmbito profissional quanto pessoal.

Observa-se assim que para que a QVT exista no ambiente de trabalho, são necessárias medidas de todos os âmbitos. É essencial que os trabalhadores se sintam bem, confiantes, saudáveis e bem dispostos para mais um dia de trabalho. Dignidade é um direito de todos!

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Operador de Betoneira, proteja-se!

16/11/2019 | Herbert Bento

Uma betoneira ou misturador de concreto é um equipamento utilizado para misturar materiais, no qual se adicionam cargas de pedra, areia e cimento, juntamente com a água, na proporção e mistura devida, de acordo com o tipo de obra.

É bastante utilizada na construção civil, principalmente para misturar agregados como produtos e matérias primas. É constituída por um chassi e um recipiente cilíndrico que se faz girar com a força transmitida por um motor elétrico ou a gasolina.

As principais causas de acidentes com a betoneira são:

– Descargas elétricas;

– Agarramento por partes móveis;

– Tombamento, batidas e atropelamentos devido à movimentação da máquina;

– Queda repentina da caçamba carregadora;

– Inalação de produtos químicos;

– Ruído excessivo.

A pessoa responsável pela operação do equipamento é denominada Operador de Betoneira. Esta deve realizar um treinamento de segurança para poder exercer essa função. E deve, ainda, seguir as instruções abaixo:

– Conheça a betoneira. Não se arrisque a manusear uma máquina na qual você não possui o conhecimento necessário.

– Não realize nenhuma atividade se apresentar cansaço ou falta de concentração. Sua vida pode estar em risco. Tudo o que for fazer deve ser feito com extrema consciência e concentração.

– Evite condições perigosas.

– Certifique-se de que haja espaço adequado para que o trabalho seja realizado.

– Mantenha a organização do local, evitando acidentes.

– A operação só deve ser realizada em local sólido e plano, que seja capaz de suportar o peso do equipamento e a carga, evitando que a betoneira tombe.

– Não mova a betoneira quando estiver carregada ou em uso.

– Antes de ligar, verifique as condições da máquina. Observe o estado dos cabos, alavanca e acessórios e os dispositivos de segurança.

– Certifique-se que as partes móveis estejam protegidas por carcaças.

– Nunca introduza o braço ou uma pá dentro da betoneira em movimento.

– Após o término do trabalho, deve ser imobilizada com o mecanismo correspondente.

– Não deve ser colocada a distância inferior a três metros da borda de uma escavação, evitando assim riscos de quedas.

– Devem-se verificar as condições do aterramento elétrico, antes de ligar a máquina.

– Lave e limpe a máquina sempre após o uso. Lembre-se de desligar a máquina e desconectar da tomada.

– Solucionar problemas elétricos na máquina é função do eletricista, e não do operador de betoneira.

– Monitore sempre as lonas de freio e fricção, trocando-as regularmente.

– Não deixe que caia graxa no disco de fricção e na cinta de freio.

– Utilize os EPI indicados para esse tipo de operação (capacete de segurança, óculos de segurança, luvas de borracha, protetor auricular, botas de borracha e respirador).

– Atente sempre para suas mãos. Elas que te dão a oportunidade de realizar esse tipo de trabalho, portanto não as deixe de lado!

– Cuidado ao manusear o cimento. Esteja sempre com as luvas de proteção para impedir o contato. Caso contrário, você pode desenvolver uma dermatite de contato, que é uma doença na pele causada pelo cimento.

– Quando não estiver em uso, à betoneira deve ser armazenada em local seco para prevenir contra a ferrugem.

Bom trabalho!

Vídeo bônus

Assista ao vídeo bônus abaixo que complementa o conteúdo desse DDS.

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Como manter a segurança na construção civil (Parte 1)

10/11/2019 | Herbert Bento

De acordo com o que dita a Constituição Federal, todo trabalhador tem direito a proteção da sua saúde, integridade física e moral e segurança na execução de suas atividades. Dessa forma, todos têm direito de trabalhar em um local com o mínimo de condições para manter um padrão de higiene, segurança e conforto adequados com o tipo de atividade.

Dessa forma não poderia ser diferente com os trabalhadores da construção civil. Se você é uma dessas pessoas, sabe dos riscos com os quais se depara diariamente no ambiente de trabalho, mas muitas vezes não sabe como se prevenir.

Pois bem, atente para as instruções a seguir e compreenda qual a melhor forma de se manter seguro no local de trabalho:

• Escavação, fundação e desmonte de rochas:

o As escavações realizadas em canteiros de obras devem ter sinalização de advertência e barreira de isolamento em todo o seu perímetro;

o É proibido o acesso de pessoas não autorizadas às áreas de escavação e cravação de estacas;

o As escavações com mais de 1,25m de profundidade devem dispor de escadas ou rampas, próximas aos postos de trabalho, para uma saída de emergência dos trabalhadores (caso seja necessário);

o Os acessos de trabalhadores, veículos e equipamentos às áreas de escavação devem ser permanentemente sinalizados;

o É proibido realizar reparos ou manutenção em bate-estaca enquanto o equipamento estiver em operação;

o O operador de bate-estaca deve ser qualificado e ter sua equipe treinada;

o É obrigatório o uso de cinto de segurança tipo paraquedista, nos trabalhos realizados em escadas da torre de bate-estaca e proteção auditiva para todos os que estiverem próximos ao local;

o É proibido o acesso de pessoas não autorizadas às áreas de escavação e cravação de estacas;

o Quando o bate-estaca não estiver em operação, o pilão deve permanecer em repouso sobre o solo ou no fim do seu curso.

• Martelete pneumático:

o É importante que haja o revezamento na operação, devido à vibração excessiva gerada pelo equipamento;

o É preciso verificar se todas as junções e conexões dos tubos do martelo pneumático estão corretamente montadas e conectadas;

o Somente operador treinado e capacitado pode operar o equipamento;

o É obrigatório o uso de protetor respiratório e luvas anti-vibração;

o O mangote não pode ter adaptações ou emendas que possam oferecer riscos.

• Serra circular de bancada/manual:

o Obrigatório uso de protetor facial contra projeção de partículas;

o Obrigatório uso de óculos de segurança e protetor auricular;

o O trabalho só pode ser realizado por trabalhador qualificado.

• Policorte:

o Obrigatório o uso de avental de raspa para proteção do tronco contra projeção de partículas;

o O trabalho só pode ser realizado por trabalhador qualificado.

• Dobragem de vergalhões:

o Obrigatório o uso de luva de raspa para a proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;

o O uso de protetor solar é indicado, pois ajuda a proteger a pele contra a radiação ultravioleta do sol;

o As pontas dos vergalhões devem ser protegidas.

• Estruturas de concreto:

o Durante a desforma devem ser viabilizados meios que impeçam a queda livre de sessões de formas e escoramentos, sendo obrigatório amarrar peças e o isolamento/sinalização ao nível do terreno.

o Os suportes e escoras devem ser inspecionados antes e durante a concretagem por trabalhador qualificado;

o Deve-se proteger as periferias com guarda-copos durante a concretagem;

o O uso de protetor auditivo é obrigatório.

Siga corretamente as instruções e trabalhe sempre de forma consciente!

Para ler a continuação desse DDS, a parte 2, clique aqui.

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Plataforma elevatória, aliada ou inimiga?

03/11/2019 | Herbert Bento

Plataforma elevatória é um tipo de elevador industrial, um equipamento extremamente útil para o setor da construção civil e para o setor industrial, de um modo geral.

Eletricistas, pintores e trabalhadores de armazéns são alguns dos exemplos de trabalhadores que utilizam a plataforma elevatória.

Quando utilizadas de maneira correta permitem o rápido e seguro acesso a zonas que, de outra forma, seriam acessíveis somente com a instalação de andaimes, por exemplo.

E, assim como qualquer ferramenta de trabalho, existe a forma correta e segura de utilizá-la.

Quando utilizadas sem o conhecimento das suas limitações ou desrespeitando as normas de segurança, elas podem colocar em risco a vida dos trabalhadores.

A Norma Regulamentadora que trata desse assunto é a número 18 (NR – 18). De acordo com esta NR:

“Os equipamentos de transporte vertical de materiais e de pessoas devem ser dimensionados por profissional legalmente habilitado o qual terá sua função anotada em carteira de trabalho”.

Ou seja, se você não está apto para trabalhar com plataforma elevatória, não faça!

A qualificação do montador e do responsável pela manutenção deve ser atualizada anualmente e os mesmos devem estar devidamente identificados.

Os operadores devem ter ensino fundamental completo e devem receber qualificação e treinamento específico no equipamento, com carga horária mínima de 16 horas e atualização anual com carga horária mínima de quatro horas. Mantenha suas atualizações em dia e evite problemas posteriores!

• São atribuições do operador:

o Manter o posto de trabalho limpo e organizado;

o Instruir e verificar a carga e descarga de material e pessoas dentro da cabine;

o Comunicar e registrar ao engenheiro responsável da obra qualquer anomalia no equipamento;

o Acompanhar todos os serviços de manutenção enquanto executados no equipamento.

• Durante a execução dos serviços de montagem, desmontagem, ascensão e manutenção do elevador:

o Isolar a área de trabalho;

o Proibição da execução de outras atividades nas periferias das fachadas onde estão sendo executados os serviços;

o Proibição da execução deste tipo de serviço em dias de condições meteorológicas não favoráveis como chuva, relâmpagos, ventanias, etc.

• No transporte e descarga de materiais, perfis, vigas e elementos estruturais é proibida a circulação ou permanência de pessoas sob a área de movimentação da carga e devem ser adotadas medidas preventivas quanto à sinalização e isolamento da área.

• Os equipamentos de guindar e transportar materiais e pessoas devem ser vistoriados diariamente, antes do início dos serviços, pelo operador, conforme orientação dada pelo responsável técnico do equipamento, atendidas as recomendações do manual do fabricante, devendo ser registrada a vistoria em livro de inspeção do equipamento.

• É proibido o transporte de pessoas por equipamento de guindar não projetado para este fim.

• Em relação aos elevadores de transporte de materiais, é proibido:

o Transportar materiais com dimensões maiores que as dimensões internas da cabine no elevador;

o Transportar materiais apoiados nas portas da cabine;

o Transportar materiais do lado externo da cabine, exceto nas operações de montagem e desmontagem do elevador.

o Transportar material a granel sem o acondicionamento adequado.

Visto o que trata a NR, sabemos agora que a utilização de plataformas elevatórias tem normas de segurança a serem seguidas. Por serem muito práticas e convenientes, podem se tornar um equipamento altamente perigoso para aqueles que não estão habilitados para a operação.

Vale ressaltar também que o trabalhador deve estar sempre usando o cinto de segurança, o EPI e respeitar a sinalização da área onde a máquina está atuando.

• As plataformas nunca devem ser utilizadas:

o Em terreno mole, instável, com obstáculos ou detritos;

o Em terreno que apresente uma inclinação superior ao limite admissível;

o Se a velocidade do vento for superior ao limite previsto;

o Junto de cabos elétricos;

o Em ambientes com temperaturas inferiores a -15°C;

o Em zonas sujeitas a explosão;

o Em zonas de ventilação insuficiente devido aos gases tóxicos de escape;

o Durante a noite, exceto se tiver instalada a opção de projetor de trabalho;

o Em presença de campos eletromagnéticos intensos como radar, aparelhos celulares e correntes elétricas fortes.

• Para reduzir os riscos de queda grave os trabalhadores devem:

o Agarrar-se firmemente ao anteparo ao subir ou ao conduzir a plataforma;

o Eliminar todos e quaisquer vestígios de óleo ou de massa lubrificante que haja nos estribos, no pavimento e nos corrimões;

o Evitar embates contra obstáculos fixos ou móveis;

o Evitar aumentar a altura de trabalho mediante a utilização de escadas ou outros acessórios;

o Evitar conduzir a plataforma a grandes velocidades em zonas estritas ou com obstáculos;

o Nunca utilizar a plataforma para rebocar.

Siga os procedimentos de segurança e preze pela sua integridade física!

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Sinalização de Segurança na Construção Civil

27/10/2019 | Herbert Bento

Acidentes no trabalho, fatalidades e doenças ocupacionais são mais acentuadas na área da construção civil. Atividade com maior potencial de riscos é uma área que admite milhões de colaboradores ao ano, e esse público é bem diversificado.

Com isso, muitas empreiteiras por ter prazo curto de entrega da obra e outras prioridades, deixam de lado a segurança no trabalho em sua totalidade, assim provocando esses infortúnios.

Dentre todas as formas de prevenção, destacamos a Sinalização de Segurança, pois é uma forma prática, objetiva e de fácil compreensão de suas informações.

Deve ser adotada por todos os canteiros de obra, como nos ilustra a NR 18 Condições E Meio Ambiente De Trabalho Na Indústria Da Construção.

18.27.1 O canteiro de obras deve ser sinalizado com o objetivo de:

a) identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras;

b) indicar as saídas por meio de dizeres ou setas;

c) manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares;

d) advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis das máquinas e equipamentos.

e) advertir quanto a risco de queda;

f) alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho;

g) alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste;

h) identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra;

i) advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for inferior a 1,80m (um metro e oitenta centímetros);

j) identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e radioativas.

18.27.2 É obrigatório o uso de colete ou tiras refletivas na região do tórax e costas quando o trabalhador estiver a serviço em vias públicas, sinalizando acessos ao canteiro de obras e frentes de serviços ou em movimentação e transporte vertical de materiais.

18.27.3 A sinalização de segurança em vias públicas deve ser dirigida para alertar os motoristas, pedestres e em conformidade com as determinações do órgão competente.

Essa sinalização deve compor toda a obra, em lugar que realmente é prioridade, pois não devemos provocar uma poluição visual no local. Deve ser de fácil compreensão e se estende a colaboradores, visitantes e transeuntes.

É importante a perfeita assimilação dos colaboradores a sinalização, pois o público interno é bem diversificado, entre eles, analfabetos que também recebem orientação especial com sinalização em forma de ilustração.

Este é um assunto que pode ser discutido em uma SIPAT e também realizar gincanas em forma de brincadeiras, pois o método de sinalização é um dos meios de prevenção de segurança que não são respeitados pelos colaboradores. É preciso trabalhar de forma preventiva e promover o cumprimento de cada uma delas.

Realize simpósios para discutir cada tema relacionado as placas de sinalização, é um bom momento para disseminar a informação, pois elas normalmente sinalizam a respeito de segurança no trabalho, meio ambiente e saúde ocupacional.

Aproveite essa oportunidade para conscientizar os colaboradores, educando-os a respeito de assuntos relevantes e reduzir ao máximo o número de acidentes e fatalidades na área da construção civil.

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Ergonomia na construção civil?

27/10/2019 | Herbert Bento

Muitas vezes os trabalhadores se veem diante de tarefas que para serem realizadas precisam da utilização da força física. E, normalmente, essas tarefas são realizadas de forma incorreta, podendo ocasionar danos à saúde física desses trabalhadores. Então, como solucionar essa situação?

Existe um conceito, bastante conhecido atualmente, que preza pela qualidade de vida dos trabalhadores. Denomina-se Ergonomia, e pode ser caracterizado como:

A Ergonomia objetiva modificar os sistemas de trabalho para adequar a atividades nele existentes às características, habilidades e limitações das pessoas, com vistas ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro.

Ou seja, a ergonomia propõe que, o trabalho deve se adequar ao trabalhador, e não o oposto. Dessa forma, a qualidade de vida e o bom desempenho estão garantidos.

Vejamos então, no setor da construção civil, como os trabalhadores podem executar as atividades de forma correta, sem causar danos à saúde.

• Levantamento de cargas: Manter a coluna vertebral em posição reta é essencial. Ao levantar a carga, siga o passo-a-passo abaixo:

Mantenha o dorso plano e a coluna vertebral reta, mantenha o busto erguido, fique de cócoras e apanhe a carga o mais perto possível do corpo, com os pés debaixo do objeto ou de cada lado do mesmo.

Lembre-se que, ao agachar para levantar algo pesado, você estará poupando sua coluna de executar um esforço muito acima do que é capaz de suportar.

• Carregamento no ombro ou nas costas: Aproveite o movimento de forma correta. Ao levantar a carga, posicione-se rapidamente debaixo dela. Dessa forma o esforço é minimizado.

No caso de trabalho contínuo, por exemplo, carregamento de sacos, a utilização de plataforma instalada a altura conveniente ajuda a minimizar os esforços.

Quando a carga estiver no chão, peça auxílio a outro trabalhador.

• Rolagem: Tome cuidado para não prender as mãos contra a parede, postes, passagens, etc. Mantenha as palmas das mãos sobre o cilindro.

Quando for o caso, utilize equipamentos apropriados para movimentar a carga. Por exemplo: carrinho de transporte.

• Como depositar cargas pesadas: Ao depositar uma carga pesada no chão, é imprescindível o uso de calços de altura suficiente, para evitar que mãos e/ou pés sejam esmagados. Além disso, essa precaução ajuda em um novo levantamento da carga.

• Trabalhos repetitivos: Muitas vezes os trabalhadores executam a mesma atividade por um longo período de tempo. Devido a esse fato, acabam deixando de prestar atenção nos próprios movimentos, o que pode se tornar um grave risco para a saúde.

Portanto, ao realizar uma tarefe a qual já esteja habituado, não vacile! Redobre sua atenção, entenda os movimentos que estão sendo realizados, preze pela sua saúde. Um simples descuido pode causar um grande problema!

Prevenção, como o próprio nome já diz, consiste no ato ou efeito de prevenir. Ou seja, dispor de antemão, tratar de evitar, impedir, etc. Segurança do trabalho é constituída sob esse conceito. A vida do trabalhador é o bem mais precioso que uma empresa possui. Sem ele, nada funciona.

Em vista disso, mantenha-se sempre vigilante. Ao menor sinal de que algo possa estar errado, comunique aos responsáveis, para que as medidas adequadas possam ser tomadas. E o problema, solucionado.

Não brinque com sua vida!

admin ajax.php?action=kernel&p=image&src=%7B%22file%22%3A%22wp content%2Fuploads%2F2019%2F10%2Fconstrucao civil dermatose profissional na construcao civil causada pelo cimento

Dermatose profissional na construção civil causada pelo cimento

27/10/2019 | Herbert Bento

A área da construção civil é envolvida por diversos riscos ambientais, tanto os que provocam acidentes e aqueles que acometem os colaboradores com alguma doença ocupacional. Os números são alarmantes nessa área, mas vemos grandes irregularidades a respeito do manuseio e paramentação ao uso de EPI´s, principalmente no uso de cimento.

O cimento, ou massa de cimento ou concreto, quando em contato frequente com a pele de trabalhadores sensíveis, pode:

– Ressecar, irritar ou ferir a pele no local do contato, seja nas mãos, nos pés ou em qualquer local da pele onde a massa de cimento permanecer por certo tempo.

– Produzir reações alérgicas, e isto depende do contato do cimento com estas partes.

• Se suas mãos ou pés estiverem feridos ou irritados após contato com o cimento faça o seguinte:

– Procure o serviço médico da empresa.

– Caso não exista este serviço, procure o posto de saúde mais próximo de sua residência ou de seu trabalho.

– Nesta fase, evite o contato com cimento até as mãos ou os pés melhorarem.

– Use luvas e botas ao voltar ao trabalho.

• Se for obrigado ou se insistir em trabalhar com as mãos ou os pés irritados ou feridos poderá piorar e até ficar alérgico ao cimento.

• Se sofrer algum arranhão ou ferimento no serviço, procure rapidamente pelo socorro médico. Antes disso, lave bem o local ferido com água corrente e sabão ou sabonete, e desinfete com água oxigenada.

• A dermatose ocorrida no serviço equipara-se ao acidente do trabalho. Deve, pois, ser tratada pelos serviços médicos que atendem a esses casos por delegação do INSS.

Nesses casos sua empresa deverá emitir a Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), a fim de assegurar seu salário sem redução e o tratamento integral da dermatose, gratuitamente.

Para proteger sua pele, siga estas recomendações:

– Evite trabalhar de bermuda (use calça comprida)

– Não trabalhe de sandália ou chinelo (use botas de borracha forradas)

– Evite usar a roupa suja de cimento

– Luvas rasgadas devem ser trocadas

– Ao cair massa ou calda de cimento dentro da luva, retire-a imediatamente e lave as mãos.

– Lave bem as luvas e em seguida deixe escorrer toda a água.

– Não trabalhe com bota furada ou rasgada

– Pó ou cavaco de madeira dentro dos sapatos ou das botas pode irritar seus pés. Use meias de futebol

– A entrada de massa ou calda de cimento através das botas furadas ou rasgadas pode produzir dermatoses graves nos pés

– Se cair massa de cimento na bota, retire a bota e a meia e lave os locais atingidos

– Não deixe a calça úmida de calda do cimento em contato com a pele

Nunca use o agitador sem proteção

– Use óculos de segurança

– Use luvas

– Use botas

– Use capacete de proteção

– Ao final do seu trabalho diário, lave bem os pés e as mãos, retirando restos de cimento que ficaram na pele e nas unhas

– Faça o seu trabalho com segurança e limpeza

Esses cuidados são necessários na construção civil e também naquela pequena reforma do dia-a-dia que vemos várias pessoas sem o uso de equipamentos de segurança.

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Gestão de Resíduos Sólidos na Construção Civil

21/10/2019 | Herbert Bento

É do conhecimento de todos que, nos grandes centros urbanos, a construção civil emerge em ritmo acelerado. Muitas vezes os resíduos provenientes dessa atividade são depositados em locais impróprios e de maneira inadequada. Eis que surge um grande desafio: como conciliar uma atividade tão produtiva como esta com ações que conduzem a um desenvolvimento sustentável consciente e menos agressivo ao meio ambiente?

Mas o que é mesmo desenvolvimento sustentável? É o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das gerações futuras. Ou seja, é um desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.

Para que tal fim possa ser alcançado existe um órgão denominado Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, que faz parte do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente. Dentre as competências do CONAMA está a de estabelecer o monitoramento, avaliação e cumprimento das normas ambientais. A partir daí foi determinada uma resolução, nomeada Resolução CONAMA nº 307 / 2002, que definiu de que forma será concedida a gestão dos resíduos da construção civil e as ações necessárias para minimizar os impactos ambientais.

Mas para isso devemos entender o que e quais são os Resíduos da Construção Civil (RCC’s). São todos aqueles provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil e os resultantes da preparação e escavação dos terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concretos em geral, solos, metais, resinas, colas, rochas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, ficção elétrica, dentre outros comumente chamados de entulhos de obras.

Entendido o que é uma resolução, e quais são os resíduos da construção civil, cabe agora compreender como e qual deve ser a destinação final desses resíduos. Antes da destinação final, os resíduos devem passar por uma segregação, que consiste na triagem dos mesmos no local de origem (onde surgiram) ou em locais licenciados para essa atividade. Depois, devem ser estocados em local adequado, de forma controlada e sem risco à saúde pública e ao meio ambiente. E por fim chega à etapa de destinação final, onde cada tipo de resíduo tem um local específico para ser destinado de forma que não agrida o meio ambiente.

Em relação aos tipos de resíduos, estes são classificados em quatro tipos, de acordo com os riscos potenciais ao meio ambiente. São eles:

• Resíduos Classe I: perigosos;

• Resíduos Classe II: não perigosos;

• Resíduos Classe III: não inertes;

• Resíduos Classe IV: inertes.

Os resíduos da construção civil pertencem a Classe II-B (inertes). Esse tipo de resíduo não sofre transformações físicas, químicas ou biológicas, mantendo-se inalterados por um longo período de tempo. Além dessa definição, os resíduos de construção civil ainda são subdivididos em quatro classes, conforme a Resolução CONAMA nº 307. São elas:

• Classe A: reutilizáveis ou recicláveis como agregados.

– Integrantes: areia, bloco de concreto (celular e comum), concreto armado, concreto endurecido, material de escavação aproveitável, cerâmica, louça, pedras em geral, argamassa endurecida, restos de alimento, solo orgânico ou vegetação, telha, bloco ou tijolo cerâmico.

– Devem ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil.

– Após moagem podem ser reutilizados na preparação de argamassa e concreto não estruturais.

• Classe B: recicláveis para outras destinações.

– Integrantes: aço de construção, arame, alumínio, asfalto a quente, cabo de aço, fio ou cabo de cobre, madeira compensada, madeira, perfis metálicos ou metalon, carpete, PVC, plástico contaminado com argamassa, plástico (conduítes), pregos, resíduos cerâmico, vidros, sacos de papelão contaminados com cimento ou argamassa, madeira cerrada, mangote de vibrador, sobra de demolição de blocos de concreto com argamassa.

– Deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura.

– Após moagem podem ser destinados para confecção de base e sub-base de pavimentação, drenos, camadas drenantes, rip-rap e como material de preenchimento de valas. Madeiras podem ser encaminhadas para entidades ou empresas que a utilizem como energético ou matéria-prima.

• Classe C: resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações econômicas viáveis que permitam sua reciclagem/recuperação.

– Integrantes: gesso, manta asfáltica, manta de lã de vidro, laminado melamínico (fórmica), peças de fibra de nylon (piscina, banheiro).

– Deverão ser armazenados, transportados e receberão destinação adequada em conformidade com normas técnicas específicas.

– Com relação ao gesso, cabe ao gerador buscar solução com o fabricante.

• Classe D: resíduos perigosos tais como tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde, oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.

– Integrantes: amianto, solvente e lataria contaminada, peças em fibrocimento, efluente, lodo e licor de limpeza de fossa rolo, pincel, trincha (contaminadores), tinta a base de água e/ou a base de solventes.

– Deverão ser armazenados, transportados e receberão destinação adequada em conformidade com normas técnicas específicas.

Para que todo o processo de destinação final correta dos resíduos aconteça, é necessário que seja criado um Projeto de Gerenciamento de Resíduos, que contém as seguintes etapas:

Caracterizar os resíduos: classificar de acordo com a Resolução CONAMA nº 307, estimar a geração média semanal dos resíduos por classe e tipo, descrever procedimentos a serem adotados para a quantificação diária dos resíduos;

1. Minimizar os resíduos: descrever os procedimentos adotados para minimização dos resíduos por classe/tipo;

2. Segregação na origem: descrever os procedimentos a serem adotados para segregação dos resíduos por classe/tipo;

3. Acondicionamento/armazenamento: descrever os procedimentos a serem adotados para acondicionamento dos resíduos por classe/tipo, identificar em planta os locais destinados a armazenagem de cada tipo de resíduos;

4. Transporte: identificar os responsáveis pela execução da coleta e do transporte dos resíduos gerados na obra, os tipos de veículos a serem utilizados, horário de coleta, frequência e itinerário;

5. Destinação dos resíduos: indicar a unidade de destinação para cada classe/tipo de resíduo, indicar o responsável pela destinação dos resíduos.

Depois de estipulado o plano de gerenciamento de resíduos, cabe aos trabalhadores contribuírem com a separação dos mesmos no canteiro de obras. Dispositivos de coleta (coletores) serão espalhados pelo local de trabalho, haverá treinamentos de todos os operários do canteiro, utilização de palestras e cartazes para que todos sejam informados da forma que devem agir, onde devem depositar cada tipo de resíduo (de acordo com sua classe) para que o trabalho possa ser efetuado com êxito.

Com a mobilização de todos, a empresa obtém melhorias ambientais, econômicas e sociais, sendo que o reaproveitamento/reutilização dos resíduos preserva diretamente e indiretamente o meio ambiente. Praticando ações como essa a empresa ganha um maior reconhecimento perante os seus concorrentes. Trabalhar em uma empresa ecologicamente correta, que age de acordo com as normas ambientais é uma garantia a mais que o trabalhador ganha!