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A osteoartrite e a artrose: conheça a doença osteoarticular crônica mais comum e incapacitante que atinge o idoso e seu único tratamento – prevenção constante durante toda a vida

Esse artigo foi gentilmente cedido por Guia Saúde da Mulher. A osteoartrite é uma doença crônica degenerativa do aparelho locomotor que cursa com dores articulares, limitações no funcionamento das articulações, aparecimento de calos ósseos – osteofitose, redução do espaço onde a cartilagem óssea se localiza e muita dor. Por ser uma doença crônica de evolução lenta, […]

Esse artigo foi gentilmente cedido por Guia Saúde da Mulher.

A osteoartrite é uma doença crônica degenerativa do aparelho locomotor que cursa com dores articulares, limitações no funcionamento das articulações, aparecimento de calos ósseos – osteofitose, redução do espaço onde a cartilagem óssea se localiza e muita dor. Por ser uma doença crônica de evolução lenta, sua manifestação só acontece na vida adulta, na mulher por volta dos 55 anos e homem por volta dos 45 anos. No entanto, as consequências e complicações da doença começam a se manifestar, na maioria das vezes, após os 70 anos.

A osteoartrite é caracterizada pela degeneração da cartilagem e destruição da articulação, principalmente devido ao excesso de peso colocado sobre ela durante grande parte da vida do indivíduo. Por isso, a obesidade e o sedentarismo são os principais fatores de risco e causas base da osteoartrite.

Em outras palavras, a articulação vai sendo danificada pelo peso extra que precisa suportar associado à musculatura flácida que não contribui em nada com a sustentação.

Com o passar dos anos, a pessoa que sofre de osteoartrite reduz a estatura, seu joelho tende a fazer uma rotação para fora, fenômeno conhecido como geno valgo. Nas mulheres, as articulações do joelho e das mãos são as mais afetadas. No homem, o problema está nas articulações do quadril e coluna vertebral.

Existem três pontos que devem ser levados em consideração durante a análise da osteoartrite a fim de se prevenir a doença:

1º. Quem possui familiares com a osteoartrite, possui risco aumentado em cinco vezes de desenvolver a doença na fase adulta e na terceira idade.

2º. Mulheres e homens que desenvolvem atividades físicas intensas e fazem uso constante de grupos articulares específicos, tendem a desenvolver a doença nestas articulações.

3º. O risco de desenvolver osteoartrite é diretamente proporcional ao excesso de peso da pessoa, ou seja, quanto mais magra for a mulher, melhor, pois a carga sobre as articulações será menor.

O que a osteoartrite faz no organismo da pessoa?

Na fase inicial da doença, ocorre alterações metabólicas nas células ósseas, provocando o amolecimento articular e dor intensa e indefinida. A cartilagem que envolve a articulação tenta incansavelmente recuperar esta articulação amolecida, no entanto, trata-se de uma tentativa frustrada e a cartilagem acaba sofrendo lesão também.

Agora temos uma articulação danificada associada a uma cartilagem também danificada. O próximo passo é lesionar o próprio osso.

A longo prazo, o espaço articular é completamente perdido, a pessoa passa a ter movimentos reduzidos e rigidez articular, parecendo que sua articulação foi levemente soldada e que o seu curso de trabalho foi reduzido. Nesta etapa, não há dor, e não existem formas de reverter o quadro.

Existem dois sinais muito característicos desta patologia: “o bico de papagaio” na coluna vertebral e a “imobilização do antebraço que não consegue girar”. Isso não quer dizer, que em uma mesma pessoa, os dois sinais serão evidenciados.

Quais são as manifestações clínicas, sinais e sintomas da osteoartrite?

Dor nas articulações, principalmente nos punhos, dedos das mãos e joelhos nas mulheres e no quadril e coluna nos homens.

Nota: Isso não é uma regra, e sim o mais comum. Ou seja, os padrões podem variar.

As pessoas com osteoartrite relatam dor profunda, pouco específica. Quando o problema encontra-se no joelho, o paciente relata dor na panturrilha. Quando o problema se localiza no quadril, a dor é referida nas nádegas (bumbum) e quando a coluna vertebral é afetada, a dor reflete nas pernas, devido ao nervo isquiático. A explicação para estes acontecimentos é simples: com a redução do espaço articular, ocorre compressão nervosa que irradia a dor ao longo de seu trajeto.

A dor da osteoartrite piora com o uso da articulação lesada, pode melhorar ou não com o repouso, onde a carga é removida da articulação e como falamos, pode ser irradiada. A articulação também fica inchada. Como é feito o diagnóstico da osteoartrite?

Geralmente o diagnóstico é feito quando o quadro já está avançado e geralmente não se pode mais fazer nada. Isso porque o problema só é relatado quando a dor se agrava e o processo de degeneração já começou.

O ideal, é prevenir a doença com controle do peso e desenvolvimento muscular. Preparamos dois artigos sobre esse assunto: XXX e XXX.

Os exames de Raio-X e tomografia computadorizada podem ser pouco específicos para o diagnostico da osteoartrite em sua forma inicial. Já a ressonância magnética consegue visualizar pequenas alterações que podem sinalizar a doença. Associado a ressonância magnética, exames de sangue específicos podem ser úteis para revelar processos inflamatórios. Na fase avançada, o Raio-X revela deformidade nas articulações e neste caso é um bom exame, que pode ser por si só, esclarecedor.

Consequências da osteoartrite a longo prazo:

A principal consequência associada à osteoartrite é a artrose, que inicia-se no momento em que o espaço articular e a cartilagem que reveste a superfície óssea envolvida na articulação fora perdidas, permitindo que os ossos estabeleçam contato direto, atritando e sofrendo grande desgaste. Este quadro torna a articulação afetada inoperante em pouco tempo. Conclui-se então, que a artrose é uma consequência da osteoartrite e não uma doença isolada como muitos acreditam.

Como é feito o tratamento da osteoartrite?

O ideal, é a prevenção, evitando que o processo de degeneração articular se inicie. No entanto, depois de instalado este processo, a única maneira de se contornar o quadro é evitar que haja pioras, e para isso é necessário um diagnóstico precoce. Neste caso, o profissional da saúde deverá instruir a pessoa a passar por um processo de reeducação alimentar associado à pratica de exercícios físicos com o objetivo de fortalecer a musculatura do corpo, reduzindo a sobrecarga nas articulações.

Outra forma de conter o problema é a colocação de próteses mecânicas para substituir a articulação lesada. No entanto é um procedimento cirúrgico de alto risco com altas taxas de mortalidade associadas, principalmente relacionadas ao desenvolvimento de tromboembolismo pulmonar pós cirúrgico.

Hoje, entre 60% – 70% dos idosos acima dos 75 anos de idade não conseguem caminhar e 75% das mulheres com mais de 70 anos não dão conta de segurar 5kg sem ajuda.

Por isso, a prevenção é a melhor maneira de dar manutenção ao seu organismo e evitar que este compadeça aos seus olhos.

Esse artigo foi gentilmente cedido por Guia Saúde da Mulher.