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Nitrogênio líquido: medidas de segurança

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O nitrogênio líquido é um uma fonte compacta e funcional de nitrogênio gasoso despressurizado. Além disso, sua capacidade de se manter a temperatura bem abaixo do ponto de congelamento da água o torna extremamente útil em um largo espectro de aplicações, como por exemplo: • Criogenia: Criopreservação de células de sangue, células reprodutivas e outros […]

O nitrogênio líquido é um uma fonte compacta e funcional de nitrogênio gasoso despressurizado. Além disso, sua capacidade de se manter a temperatura bem abaixo do ponto de congelamento da água o torna extremamente útil em um largo espectro de aplicações, como por exemplo:

• Criogenia: Criopreservação de células de sangue, células reprodutivas e outros materiais e amostras biológicas;

• Como uma fonte muito seca de nitrogênio gasoso;

• Transporte de produtos alimentícios, etc.

O nitrogênio líquido se trata de um gás e líquido extremamente frio sob pressão! Pode causar problemas de saúde nas pessoas que o manipulam sem o devido conhecimento e os EPI’s adequados. Segue abaixo uma listagem dos problemas que podem ser causados e como devem ser os procedimentos de segurança:

→ Efeitos sobre o homem e toxicidade:

– O nitrogênio não é tóxico. No Brasil o anexo 11 da Norma Regulamentadora 15 (NR 15), considera o produto como asfixiante simples e não impõe limites de exposição, entretanto, no ambiente de trabalho, deve-se garantir que a concentração mínima de oxigênio seja de 18% em volume. As situações na qual a concentração de oxigênio estiver abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente.

→ Efeitos de simples (aguda) ou repetida (crônica) superexposição:

– Inalação: Asfixiante. Concentrações moderadas podem causar dor de cabeça, sonolência, vertigem, excitação, excesso de salivação, vômito e inconsciência. A falta de oxigênio pode causar a morte.

– Contato com a pele: Nenhum efeito prejudicial esperado do vapor. O líquido pode causar congelamento da pele.

– Contato com os olhos: Nenhum efeito prejudicial esperado do vapor. O gás frio ou líquido pode causar congelamento dos olhos.

– Ingestão: É uma maneira pouco provável de exposição. O contato com o líquido pode resultar em congelamento dos lábios e da boca.

– Efeitos da superexposição repetida (crônica): Não há evidências de efeitos adversos através das informações disponíveis.

– Outros efeitos da superexposição: O nitrogênio é asfixiante. A falta de oxigênio pode levar a morte.

→ Medidas de primeiros socorros:

– Inalação: Remova para ar fresco. Administre respiração artificial se não estiver respirando. Uma pessoa qualificada deve administrar oxigênio se a respiração estiver difícil. Chame um médico.

– Contato com a pele: Exposta ao líquido, imediatamente aqueça a área congelada com água morna (não exceder 41 °C). Em caso de exposição severa remova as roupas enquanto for banhado com água morna. Chame um médico.

– Ingestão: Esse produto é um gás a pressão e temperatura normal.

– Contato com os olhos: Em caso de contaminação por respingo, imediatamente lave bem os olhos com água corrente durante 15 minutos, no mínimo. Chame um médico imediatamente, de preferência um oftalmologista.

→ Medidas de combate ao incêndio:

– Meio de combate ao fogo: Nitrogênio não é inflamável. Utilize recursos apropriados para contenção do fogo circundante.

– Procedimentos especiais de combate ao fogo: Cuidado! Líquido e gás extremamente frios sob pressão. Retire todo o pessoal da área de risco. Imediatamente inunde os recipientes com jatos de água a uma distância máxima até resfriá-los. Remova os recipientes para longe da área de fogo, se não houver risco. Não direcione os jatos de água para o nitrogênio líquido, pois a água congelará rapidamente.

– Possibilidades não comuns de incêndio: O líquido e o vapor não são inflamáveis. Recipientes fechados podem se romper devido ao calor do fogo. Nenhuma parte do recipiente deve ser submetida a temperaturas maiores que 52 °C (aproximadamente 125 °F). Recipientes são providos com dispositivos de alívio de pressão projetados para aliviar o conteúdo quando eles forem expulsos a temperaturas elevadas. O líquido pode causar “queimaduras” criogênicas (bastante doloridas e causam imediato congelamento do local atingido). Os vapores podem obstruir a visibilidade.

→ Precauções no manuseio e estocagem:

– Apesar de o nitrogênio ser um gás inerte, em concentrações muito elevadas ele é asfixiante e deve ser estocado em uma área bem ventilada.

– O nitrogênio é inodoro, portanto, você nunca saberá, através do olfato, se houve ou não vazamento.

– Não coloque os cilindros onde exista o risco de entrar em contato com um circuito elétrico, um curto circuito sobre o cilindro pode ocasionar um aquecimento localizado muito elevado comprometendo a resistência da parede do mesmo.

– Nunca utilize os cilindros como roletes e evite impactos.

– Ao utilizar cilindros de nitrogênio, procure sempre fixá-los adequadamente de forma a evitar quedas acidentais.

– O nitrogênio líquido deve somente ser armazenado em tanques criogênicos especialmente designados para este fim.

– Nunca manuseie nitrogênio liquido sem a assistência de uma pessoa adequadamente treinada, caso tenha duvidas, solicite assistência do fornecedor.

→ Informações para transporte:

– O transporte do nitrogênio em cilindros deve ser feito em caminhão equipado com carroçaria metálica aberta, que possua condições de transportá-los em posição vertical e que esteja devidamente sinalizado e equipado com o kit de emergência apropriado ao produto ou produtos que esteja sendo transportado.

– O motorista deve possuir habilitação compatível com o tipo e porte de veiculo utilizado e ter participado com aproveitamento de curso de “transporte de produtos perigosos” ministrado por estabelecimento de ensino reconhecido.

– Além das sinalizações regulares como faixas refletivas na carroçaria e para choques, as unidades de transporte devem estar sinalizadas com rótulos de risco, alem de painéis de segurança.

→ Detecção de vazamentos: Todos os equipamentos: válvulas, reguladores de pressão, conexões, tubulações, etc. que se destinem a serem utilizados com nitrogênio, devem ser devidamente testados e condicionados antes do uso. Dois métodos de teste que podem ser utilizados estão listados abaixo em ordem de preferência.

– Pressurizar o sistema com uma mistura de no máximo 5% de hidrogênio em nitrogênio e testar todas as conexões com um detector de condutividade térmica. Ao final do teste o sistema deve ser purgado com o próprio nitrogênio que será utilizado para remover os resíduos da mistura de gases utilizada. Este teste necessita ser realizado por uma pessoa adequadamente treinada, dá resultados muito satisfatórios e o sistema se torna altamente confiável. Este procedimento é especialmente recomendado para processos de alta responsabilidade e que se destinem à utilização com nitrogênio ultra puro.

– Pressurizar o sistema com o próprio nitrogênio e testar todas as conexões e pontos suspeitos com uma mistura de água e detergente. No local onde haja vazamento haverá formação de bolhas. Este teste pode ser feito por quase qualquer pessoa, porém os resultados podem não ser os mais seguros e pequenos vazamentos podem não ser detectados. Este método é especialmente recomendado para nitrogênio industrial podendo ainda ser utilizado para nitrogênio de elevada pureza desde que após a detecção e correção dos vazamentos, seja feita a secagem interna dos equipamentos através da passagem do próprio nitrogênio puro por seu interior até haver plena certeza que toda a umidade residual tenha sido eliminada.

→ Controle de exposição e proteção individual:

– Respiradores com suprimento de ar são necessários quando se trabalha em espaços confinados com esse produto.

– Usar sistema de exaustão local, se necessário, para prevenir a elevação de atmosfera deficiente em oxigênio.

Luvas de raspa para produtos criogênicos, folgadas.

– Óculos de segurança com lente incolor e proteção lateral.

– Sapatos para manuseio de cilindros. Ou seja, botas de segurança, vulcanizadas, com biqueira de aço, vestimentas protetoras quando necessário.

– Calças sem bainha devem ser usadas para fora dos sapatos.

Nunca se esqueça, seguir as normas e procedimentos e usar o EPI adequado salva vidas!