Estamos vivendo a era da Internet das Coisas (IoT), onde objetos físicos, prédios, veículos, possuem tecnologia embutida, sensores e conexão a uma rede onde pode transmitir e captar dados.
E é com base nessa ambientação que vamos conversar hoje, algo que a um pouco mais de alguns anos era apenas assunto de filme de ficção científica: os robôs, em nosso caso, os robôs industriais.
E como toda tecnologia e atividade laboral, é necessário cuidados para evitar dano ao seu bem mais precioso: sua vida.
Principalmente na área da indústria automobilística, é percebido um aumento crescente de robôs industriais.
E em contrapartida, com esse aumento do número de tarefas automatizadas das máquinas, também aumenta a necessidade de investimentos na segurança e proteção dos trabalhadores.
Para quem é da área de segurança tem como ponto de partida a Norma Regulamentadora 12 que trata exatamente da segurança no trabalho em máquinas e equipamentos.
Mas estamos aqui para apresentar medidas preventivas para dar suporte a você no quesito segurança.
Primeiramente é preciso que a área ocupacional do robô esteja devidamente sinalizada e por sua vez esta sinalização deve ser respeitada.
É preciso manter distâncias seguras do local de trabalho do robô e nunca entre nela enquanto ela estiver em operação.
Profissionais que serão responsáveis como mantenedores devem ter treinamento específico para atuar dentro da área de risco, e somente pessoal autorizado pode entrar na área operacional.
Falamos acima da NR12, e conjuntamente com ela, o sistema de parada e acesso deve estar alinhado a essas normas de desenergização de equipamentos (desligamento, sinalização e trancamento de comandos).
Mesmo que o robô esteja parado, não quer dizer que é seguro entrar em sua área de risco. Pois se houver falha de energia, ela pode retornar a qualquer momento.
Por isso a importância de cumprir TODAS as etapas do processo de desenergização estabelecido na NR-10, para que não haja a reenergização acidental.
A empresa deve já ter adotado e implantado um sistema que impede o religamento acidental do equipamento (sistema LOTO, por exemplo).
Em caso de parada de emergência, o retorno ao normal pode demorar bastante, então alerte a equipe que não deve buscar alternativas de acionamento (ou gambiarras), pois podem ser perigosas.
As barreiras automatizadas, cercas e portões com desligamento automático de segurança não foram feitas para serem puladas. Evite essa atitude.
Por serem equipamentos automatizados, eles normalmente possuem energia e força suficiente para produzir lesões graves e fatalidades, então perceba que são equipamentos passíveis de falha: mantenha-se sempre em local seguro.
É natural do ser humano, com o passar do tempo e com experiência se tornarem mais suscetíveis a ignorar algumas dessas dicas. O excesso de confiança ou desatenção podem gerar um acidente.
Esperamos ter refletido sobre o assunto, é importante sempre pesquisar e conhecer mais a fundo seu ambiente de trabalho para que você possa tomar mais precauções e evitar um acidente.
Até o próximo DDS!