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E na metalúrgica, como me manter seguro?

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O setor metalúrgico é responsável por um conjunto de procedimentos e técnicas para extração, fundição, tratamento e fabricação dos metais e ligas. Dessa forma, o trabalhador fica constantemente exposto a diversos tipos de riscos, alguns bastante preocupantes. Riscos ambientais são aqueles capazes de causar danos à saúde do trabalhador. E quais são os riscos aos […]

O setor metalúrgico é responsável por um conjunto de procedimentos e técnicas para extração, fundição, tratamento e fabricação dos metais e ligas. Dessa forma, o trabalhador fica constantemente exposto a diversos tipos de riscos, alguns bastante preocupantes.

Riscos ambientais são aqueles capazes de causar danos à saúde do trabalhador. E quais são os riscos aos quais os trabalhadores metalúrgicos ficam expostos? Como evitá-los? Quais as medidas de segurança adotadas?

• Ruído: A exposição permanente ao ruído pode provocar lesões temporárias ou permanentes em diversas estruturas do ouvido. Além de problemas como dores, irritação, diminuição da concentração, estresse, etc. A perda auditiva induzida por ruído (PAIR) não tem cura, e causa a surdez permanente do trabalhador, devido à exposição ao ruído acima dos limites de tolerância. O limite de tolerância para oito horas (8h) de exposição é de 85dB.

As medidas adotadas para eliminação desse agente são de ordem administrativa e/ou coletiva. Podem ser aplicados rodízios entre os trabalhadores (diminuindo o tempo de exposição), enclausuramento de máquinas (quando possível) instalação de barreiras absorventes, mudanças de layout. Quando essas medidas não forem suficientes ou aplicáveis, utiliza-se métodos de proteção individual – EPI, como protetores auriculares. Estes não eliminam o agente danoso, somente minimizam a forma pela qual o ruído atingirá o trabalhador.

• Fumaça: Sua toxicidade varia de acordo com o tipo de substância que a produziu. Pode provocar, desde sensações de desconforto, como um sufocamento, que logo é cessado ao retirar o trabalhador do local, até graves intoxicações que atingem os pulmões e caem na corrente sanguínea.

Além disso, pode provocar irritação quando em contato com olhos, pele, boca e nariz. Portanto, para solucionar problemas desse tipo, a instalação de medidas coletivas como exaustores, rodízios ou pausas no trabalho, manutenção das máquinas, etc. devem ser adotadas. Para proteção individual dos trabalhadores, utilização do EPI adequado, como máscaras com respirador, são recomendados.

• Calor: A exposição prolongada ao calor excessivo pode provocar aumento da irritabilidade, fraqueza, depressão, ansiedade e dificuldade de concentração. Em casos extremos, pode acontecer desidratação, que é a perda excessiva de água pelo suor e pela respiração.

Como solucionar o problema do calor em um local onde a maioria das atividades o liberam? Medidas como cobertura e ventilação/exaustão dos galpões, mudanças no layout, barreiras isolantes, mudanças nos processos de trabalho (rodízio de trabalhadores) devem ser adotadas em prol do bem estar coletivo.

• Ritmos de trabalho: Muitas vezes ritmos de trabalho são determinados pelo ritmo da máquina. Com isso, o trabalhador acaba efetuando movimentos repetitivamente podendo ser acometido por doenças como LER/DORT. Esse tipo de doença é decorrente da forma como o trabalho é realizado.

Dentre as mais conhecidas LER/DORT podem ser citadas: tendinite (inflamação aguda dos tendões), bursite (inflamação da bursa, líquido que envolve os tendões), síndrome do túnel do carpo (inflamação aguda dos tendões), etc. Além das doenças, o trabalhador é acometido com fadigas musculares, alteração da sensibilidade, perda de controle dos movimentos, dor e formigamentos.

A melhor forma de prevenção é a intervenção na forma como as atividades são realizadas no local de trabalho. Medidas como ginástica laboral, intervalos durante a jornada, adequação das ferramentas de trabalho ao trabalhador, etc. são algumas das possíveis soluções para o problema.

• Produtos químicos: São substâncias fabricadas que se encontram sob a forma de gases, líquidos, pastas, pós, óleos, etc. São muito utilizados nos processos industriais para limpeza, como solventes em pinturas e para proteção e lavagem de peças. Seu potencial alto de causar danos à saúde, muitas vezes passa despercebido, pois muitos desses produtos fazem parte da rotina de trabalho dos trabalhadores.

Esses produtos são capazes de penetrar no organismo pela via respiratória, ou serem absorvidos através da pele ou ingestão. Podem ocasionar queimaduras, asfixias, doenças graves nos pulmões, fígado, rins, olhos, sistema nervoso, etc.

O tipo de dano causado ao organismo dependerá do tipo de substância. Portanto, é imprescindível que, para um controle efetivo desse risco, o produto químico não saia do local onde está sendo usado, que o contato com o trabalhador seja da forma mais segura possível e que ao manuseá-los o trabalhador esteja utilizando o EPI recomendado.

Seguindo esses procedimentos os trabalhadores conseguem manter um nível de segurança para realizarem suas atividades laborais prevenindo que danos sejam causados a suas saúde e integridade física.