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Drogas lícitas e ilícitas: como reagir diante delas?

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Nos dias atuais um dos problemas que mais atormentam as empresas são os problemas relacionados aos trabalhadores que consomem drogas. Sejam elas lícitas ou ilícitas. Mas para entender melhor do que se trata, vamos por partes. Droga é toda e qualquer substância natural ou sintética que introduzida no organismo modifica suas funções. As drogas naturais […]

Nos dias atuais um dos problemas que mais atormentam as empresas são os problemas relacionados aos trabalhadores que consomem drogas. Sejam elas lícitas ou ilícitas. Mas para entender melhor do que se trata, vamos por partes.

Droga é toda e qualquer substância natural ou sintética que introduzida no organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de plantas, de animais e de alguns minerais. Por exemplo: a cafeína e a nicotina. As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório e, para isso, exigem técnicas especiais.

Dessa forma, o termo droga sempre nos remete a algo ilegal, proibido, que é capaz de modificar suas funções e o comportamento. A legislação brasileira define como droga: “as substâncias ou produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União”. Atualmente, no Brasil, as drogas são as substâncias e produtos que estão listados na Portaria nº SVS/MS 344/98.

Sendo assim, podem ser classificadas como:

– Drogas Lícitas: Aquelas que são legalizadas, produzidas e comercializadas livremente e são aceitas pela sociedade. Os exemplos mais claros e conhecidos são o cigarro e as bebidas alcoólicas.

– Drogas Ilícitas: Têm sua comercialização proibida pela legislação e seu uso não é aceito pela sociedade. Os exemplos são muitos, como cocaína, crack, maconha, heroína, etc.

É importante ressaltar que todos os tipos de droga são perigosos e merecem atenção. Muitas pessoas costumam dizer que fazem uso de cigarros e bebidas alcoólicas socialmente, e que esse fato não interfere em suas vidas (seja pessoal ou profissional). Porém, é fato que o álcool causa uma grave dependência, assim como o cigarro, que em muitos dos casos levam o dependente à morte.

Os problemas começam a surgir paralelamente ao abuso. O abuso acontece quando há um mau uso, ou seja, quando a pessoa passa a utilizar a droga além do aceitável, além do seu limite. Com isso, a pessoa começa a sofrer problemas como:

– Incapacidade para cumprir obrigações importantes.

– Relacionar o uso da droga a situações de perigo, como uma forma de refúgio.

– Se envolver em problemas legais relacionados ao uso das drogas.

– Perda do controle sobre a vida.

Esses são somente alguns dos problemas que podem ser originados pelo uso abusivo de drogas.

E em relação ao trabalho, o cenário não é diferente. Problemas decorrentes do uso de drogas começam a preocupar o Governo. Somente no ano passado, a Previdência Social concedeu 124.947 auxílios-doença a dependentes químicos. E dentre esses afastamentos, os relacionados ao consumo de drogas ilícitas chega a ser oito vezes maior que o de drogas como álcool e cigarro. De acordo com um relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) um em cada cinco acidentes de trabalho é causado por uso de drogas.

Segundo estudos sobre o perfil do trabalhador dependente, três são as razões para um profissional manter esse vício: a atração pela substância, a fisiologia de cada indivíduo e a pressão social. Independente dos motivos que levam uma pessoa a fazer uso de drogas, esse é um problema que deve ser enfrentado frente a frente entre as empresas, os trabalhadores e seus familiares. Um trabalhador sob efeito de drogas, traz muitos prejuízos para a empresa, como:

– Impontualidade, faltas constantes e injustificadas no trabalho.

– Desperdício de material devido à má qualidade da produção.

– Fases depressivas, nas quais os trabalhadores tendem a exagerar no consumo das drogas.

– Trabalhadores fumantes interrompem muito o trabalho para fumar.

– Licenças saúde frequentes e longas.

– Lentidão.

– Acidentes durante o trabalho.

– Alterações de humor.

– Mentiras constantes.

E não somente para as empresas, esses problemas afetam também os trabalhadores. Sob a influência de drogas, os trabalhadores demonstram atitudes de nervosismo, irritabilidade e falta de concentração.

Porém esse é um assunto que, infelizmente, ainda é um tabu dentro das empresas. E muitas vezes o comportamento dos trabalhadores pode ser confundido com problemas pessoais (depressão, falta de motivação, etc.) passando despercebidos aos olhos dos demais trabalhadores. Ou até mesmo quando percebem algo diferente, muitos acham que é melhor não se envolver, pois a situação deve estar controlada pelos superiores.

Diante do fato de que nenhum local de trabalho está imune às drogas, existem algumas medidas que podem (e devem) ser tomadas para que trabalhadores dependentes sejam ajudados, em benefício próprio e em prol da empresa como um todo.

– Ter um diálogo franco e aberto com o dependente é o primeiro passo para sua reabilitação.

– Promover a valorização profissional ajuda a manter a autoestima dos dependentes.

– Caso você observe que há algum colega de trabalho numa situação dessas, e não souber como lidar, comunique ao superior imediato. Ele é a pessoa mais indicada a tratar do problema.

– A abordagem deve ser feita de forma sutil e discreta.

– A franqueza é fundamental.

– A ajuda de todos é essencial.

– Atividades de lazer, saúde, educação, esportes, música devem ser desenvolvidas em paralelo.

Além dessas medidas, há ainda as prevencionistas, como:

– Palestras preventivas.

– Testes toxicológicos.

– Opção de convênio com clínica e centros de recuperação.

– Grupos de apoio.

– Orientação e atendimento médico e de assistência social.

Mas acima de tudo, o trabalhador dependente deve estar ciente do que está acontecendo em sua vida, pois é dele a responsabilidade de dar o primeiro passo a procura da cura. Sem essa iniciativa, por mais que a empresa se esforce nada poderá ser feito. Então, se você é um desses trabalhadores, pense. Não tenha medo de pedir ajuda. Sua vida vale mais!