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Estressadinho e Desligado: o caso da chave de fenda voadora

12/01/2020 | Herbert Bento

Eram dois amigos, que trabalhavam no setor de manutenção de uma fábrica, em Osasco, São Paulo. Estressadinho era baixo, cerca de 1,60 metros de altura, um corpo forte, um pouco acima do peso, já ostentava uma certa barriguinha com os seus 45 anos bem vividos.

Desligado era magro, bem mais alto e fazia o tipo bonaxão, boa praça, falava com todo o mundo e era bem quisto pelos amigos. Sua marca registrada era sua calvície, já bem avançada. Característica que herdara de seu pai. Ele era o oposto de Estressadinho que, com seu estilo “falo o que me vem na telha” adorava comprar uma briga. Apesar das diferenças, os dois eram amigos.

Quando estavam trabalhando, Estressadinho usava corretamente os EPIs que haviam sido indicados pelo TST da empresa. Embora ele falasse abertamente, “esse técnico de segurança é muito mala”, sabia, no fundo, que era para o seu bem e usava os EPIs, pois entendia os risco do seu ambiente de trabalho, embora não gostasse de demonstrar isso aos colegas. Gostava de passar por machão.

Já Desligado achava que nada nunca ia acontecer com ele. Havia lido alguns livros de auto-ajuda e teoria new age e acreditava que se preocupar com coisas ruins acabavam trazendo essas coisas ruins para ele. Seu estilo despojado trazia muitos amigos, que gostavam do seu jeito leve de ser.

Certo dia os dois amigos trabalhavam juntos na recuperação de uma bomba hidráulica no segundo andar do prédio da manutenção. Faltavam poucos minutos para o horário do almoço e

ambos já estavam loucos por uma pausa. Era dia de bife de fígado no refeitório da empresa e só de pensar na comida ambos ficavam com água na boca.

Mas a tal bomba hidráulica não estava nem aí para o desejo de ambos. Ela precisava pelo menos ser desmontada antes do intervalo de almoço, para que após o almoço eles pudessem fazer os reparos necessários. Afinal, suas tarefas de manutenção precisavam ser cumpridas no prazo.

O corpo da bomba parecia um pouco enferrujado em seu interior e estava difícil de removê-lo. Precisariam usar o apoio de um objeto metálico. Desligado sugeriu usarem uma chave de fenda para forçar a abertura. Estressadinho logo concordou a colocou seus óculos de segurança para se prevenir.

– Você hein? Não perde essa mania de atrair coisa ruim! Disse Desligado.

Finalmente, após algum esforço que deixou os dois ainda mais com fome, conseguiram remover o corpo da bomba. Desligado, rapidamente, deixou a chave de fenda sobre o parapeito da janela.

– Vai deixar isso aí cara? Disse Estressadinho.

– Na volta arrumo. Vamos que já sinto o cheiro do bife de fígado … hummm …acebolado …. Vamos comer! Respondeu Desligado.

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Ao voltar do almoço, seus outros amigos da manutenção trabalhavam próximos ao local onde estava a bomba hidráulica desmontada. Bem parto dali, eles não notaram aquela chave de fenda, sobre o parapeito da janela. Um dos colegas, precisou deslocar um saco de lixo do lugar e se desequilibrou, lançando seu braço por sobre o parapeito da janela, lançando a chave de fenda longe, em direção ao solo, lá embaixo no primeiro andar.

Infelizmente, nesse momento, Estressadinho e Desligado voltavam do almoço. A chave de fenda bateu com força sobre a cabeça de Desligado, causando um ferimento. Sangue escorreu sobre sua cabeça. Foi imediatamente levado à enfermaria onde as medidas de primeiros socorros foram tomadas.

Desligado comentou posteriormente que a dor era forte, mas o pior era ouvir os comentários de Estressadinho que não parava de repetir: “viu, eu avisei!” ou então “ainda bem que essa chave de fenda caiu sobre a sua cabeça, para você aprender, se fosse em cima da minha eu te esganava!”.

A amizade dos dois perdurou e esse incidente serviu de aprendizagem. E você, o que aprendeu com essa história? Discuta agora entre seus colegas e veja que lições podem ser tirados dessa história.

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Cuidado com os olhos, Chico Distraído!

12/01/2020 | Herbert Bento

Chico Distraído chegou cedo para trabalhar e foi chamado para uma reunião. Era reunião da Segurança do Trabalho. Como é de praxe na empresa, toda semana eles realizam uma breve reunião para lembrar os colaboradores sobre a importância dos EPIs. E o tema escolhido por Zé Seguro, técnico de segurança do trabalho, foi o uso dos óculos de segurança.

Quando começou a falar, Zé Seguro perguntou quem usava os óculos corretamente. A maioria ergueu a mão, mas na prática ele sabia que poucos usavam. “É importante usar os óculos para evitar que substâncias e pedaços de materiais acabem entrando nos olhos”, explicou. “Vocês podem sofrer sérios problemas, desde queimaduras até a perfuração do globo ocular. É muito sério isso!”, completou.

E assim seguiu explicando sobre sua utilização e benefícios. Como ninguém tinha perguntas, foram liberados a voltar ao trabalho. Zé Seguro ficou feliz ao olhar para a fábrica, minutos depois da reunião, e ver que todos usavam os óculos.

O dia seguia tranquilo até que Zinho apareceu correndo em sua sala pedindo que fosse à fábrica porque havia acontecido um acidente com Chico Distraído. “Ele estava cortando uma lâmina e um pedaço pulou no olho dele”, contou Zinho. “Parece que os óculos dele caíram bem na hora”, disse.

Chico Distraído estava sentado no vestiário com os olhos vermelhos e lacrimejando. “Já saiu o cisco. Está tudo bem”, falou. “Foi só um pedacinho e já consegui tirar. Só está ardendo um pouco porque eu esfreguei tentando tirar”, completou. Ele foi levado ao médico do trabalho que constatou que nada ocorreu. Apenas uma pequena irritação por causa do ocorrido.

Quando viu que estava tudo bem, Zé Seguro foi falar com ele. “Chico, por que você estava sem óculos?”, perguntou. “Não falamos hoje de manhã sobre isso? Dos riscos de ficar sem óculos na fábrica? Você podia ter perdido a visão ou ter tido um problema muito sério!”.

Óculos de proteção

Ele então se defendeu. “Eu não estava sem óculos. Mas quando abaixei a cabeça e comecei a cortar, por causa da trepidação da máquina, ele caiu. E bem na hora saiu um cisco e caiu no meu olho”, falou. “Ele estava meio grande e solto no meu rosto, mas achei que não ia ter problema. por isso não falei nada. Nem dei muita atenção”.

“Chico, você sabe que os óculos precisam ajustar-se ao rosto sem aberturas. Senão o equipamento não é eficiente”, explicou o técnico. “Isso é muito perigoso. Você se safou por pouco, rapaz! Vamos lá trocar estes óculos agora e procurar um adequado a você”.

Foram até a sala dos EPIs e Chico começou a provar os óculos. “Chico, o que você está fazendo? Utilize as duas mãos para tirá-lo”, Zé seguro chamou a atenção. “Por quê? Sempre fiz assim”, comentou Chico. “Mas você é distraído mesmo, né, Chico? Assim você pode se machucar. Uma das hastes pode cutucar ou até perfurar seu olho. Fique esperto, rapaz!”, explicou Zé Seguro.

Chico então passou a segurar os óculos com as duas mãos para retirá-los até encontrar um na medida certa para seu rosto, pois não queria ter problemas novamente como o que aconteceu pela manhã.

Óculos são proteção para os olhos. Não deixe de usá-los. Há muitas coisas a serem apreciadas neste mundo para correr o risco de perder a visão. Cuide-se!

Quem avisa amigo é

05/08/2014 | Herbert Bento

Toda semana acontecia a reunião de segurança do trabalho na fábrica. Muitos operários achavam tudo aquilo uma grande perda de tempo. “É muito chato ficar ouvindo tudo isso. Parece que somos crianças ou que precisamos aprender a trabalhar”, comentavam entre si os operários enquanto o técnico de segurança do trabalho, Zé Seguro, fazia a palestra da semana.

Zé explicava sobre a importância da segurança em trabalhos em altura. Alguns funcionários da empresa trabalhavam na descarga dos caminhões que chegavam com matéria-prima. Era necessário retirar a lona do caminhão, abrir as grades e fazer a retirada das chapas. Um trabalho de risco, já que exigia prender e soltar cabos, riscos de queda, de que a carga tombasse e outros.

Embora soubessem de todos estes riscos, muitos não davam atenção ao que o técnico falava. Pareciam mais preocupados com outras situações do que com a realidade de trabalho do seu dia-a-dia e com sua segurança. Mesmo assim, Zé Seguro aconselhava e estava sempre à disposição para ajudá-los. Logo depois da palestra, todos voltaram às suas atividades.

Passados dois dias, um alvoroço no setor de descarga de matéria-prima. Era Juvenal que havia caído. Ele foi prender a lona do caminhão nos ganchos e acabou caindo. Embora tenha sido de pouca altura, o rapaz se machucou e precisou ser encaminhado ao hospital. Na verificação do ocorrido, Zé Seguro descobriu que o rapaz não usava cinto de segurança, por isso caiu. No hospital, foi informado de que o jovem quebrou a perna e precisaria de alguns de afastamento para recuperação e teria de usar cadeira de rodas.

“Meu jovem, olha o que sua imprudência fez. Agora terá que ficar nesta cadeira por um tempo. Se estivesse usando o equipamento da forma adequada, como ensinei, nada disso teria acontecido”, comentou Zé Seguro. “É verdade, Zé. Eu tô muito arrependido. Tô sentindo muita dor e vou causar transtorno a muita gente agora que tô assim”, comentou Juvenal.

“A verdade é que não dava importância ao equipamento e sempre achei que não ia acontecer comigo. Eu devia ter te ouvido. você não fala e não cobra tanto a gente porque é chato, mas sim porque se preocupa com nossa saúde, com nossa vida”, analisou. “Meu acidente poderia ter sido bem pior. Graças a Deus que não me machuquei muito. Nunca mais vou deixar de ouvir suas recomendações”, falou.

“Muito bem, Juvenal. Você descobriu da pior forma quão importante é a segurança do trabalho. Mas que bom que tomou consciência antes que algo mais grave acontecesse. Logo você se recuperará e poderá voltar às atividades”, disse o técnico de segurança do trabalho. “Sim, Zé Seguro. E de agora em diante eu ajudarei a cuidar dos meus colegas, para que eles não passem pelo que estou passando”, falou. Prevenir é muito melhor do que remediar, por isso dê atenção ao que diz o técnico de segurança do trabalho. Ele está lá para cuidar de sua saúde e de sua vida. Ouça-o sempre!

Essa foi por pouco! (DDS Em Contos)

14/05/2014 | Herbert Bento
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Era mais um dia normal de trabalho na fábrica para Chico Distraído, que repete diariamente a mesma rotina há 20 anos. Funcionário dedicado e responsável, Chico Distraído tem apenas um problema, que o próprio apelido identifica: a distração. Não é difícil vê-lo esquecendo de equipamentos ligados, ferramentas fora do lugar, deixando o trabalho inacabado.

Com o passar dos anos e o domínio das atividades, Chico Distraído tem se tornado cada dia mais distraído. Esses dias, ele quase provocou um acidente na fábrica. Distraído foi incumbido de empilhar algumas chapas que seriam utilizadas na produção. Zinho, que era seu colega de trabalho, foi escalado para ajudá-lo.

Os dois trabalhavam na colocação das chapas, empilhando uma a uma. Para alcançar o topo da pilha, os dois estavam sobre um andaime, seguindo os procedimentos indicados por Zé Seguro, o técnico de segurança do trabalho. De tempo em tempo, Zé Seguro passava para fiscalizar o trabalho. Quando a pilha de chapas estava com um metro e meio de altura, tudo veio abaixo. Limpezinha, o zelador, passava pelo local bem na hora. Chico Distraído saiu correndo para socorrer o companheiro que, por sorte, não se machucou. “Amigo, você se machucou?”, perguntou Chico. “Foi por pouco”, disse Limpezinha. “Quase passo desta pra melhor. Imagina se tudo isso cai sobre mim?”, falou.

Quando teve certeza de que o zelador estava bem, Chico começou a juntar tudo rapidamente. “Precisamos juntar isso aqui rápido, antes que Zé Seguro passe. Ele não pode ver isso, senão vai sobrar pra gente”, disse Chico. Zinho, que estava sempre atento às normas de segurança, corrigiu o amigo. “Chico Distraído, vamos juntar tudo e arrumar de novo. Porém, precisamos comunicar ao pessoal da segurança. Isso que aconteceu é um quase acidente e precisa ser registrado”, comentou Zinho. “Poderia ter acontecido algo sério por descuido nosso na sinalização e isolamento do local”, explicou.

Esse Conto Mostra Porque É Importante Comunicar Quase Acidentes

Quando Chico Distraído saiu para fazer o registro da ocorrência, pisou em uma mancha de óleo no chão e escorregou. Quase caiu. Olhou para o chão, resmungou e seguiu até a sala do técnico de segurança. “Zé Seguro, tivemos um problema quando empilhamos as chapas. Elas caíram e quase atingiram o Limpezinha. Sorte que ninguém se machucou!”, disse. Zé Seguro, surpreso com o comunicado da ocorrência, parabenizou Chico pela atitude. “Parabéns, Chico! É assim mesmo que a gente age. Qualquer coisa que aconteça fora da rotina da fábrica deve ser avisado para que possamos tomar providências. Foi só isso? Mais alguma coisa?”, perguntou. Chico pensou um pouco e respondeu: “Não, senhor”. Então voltou ao seu local de trabalho.

No caminho, viu seu colega escorregar na mancha de óleo e cair. Ele correu para ajudar e sentiu um leve peso na consciência. “Eu também escorreguei aqui e não fiz nada. Se eu tivesse limpado ou avisado alguém, poderia ter evitado essa queda”, pensou.

Com tantas ocorrências naquele dia, Chico Distraído estava ainda mais desconcentrado e cometeu mais um deslize. Ele deixou a chave de regulagem sobre a máquina. Quando o colega do outro turno chegou para trabalhar e foi ligar o equipamento, bateu na chave que caiu quase em seu pé. “Ufa! Foi por pouco!”, pensou. “Se caísse no meu pé teria machucado porque é pesada”, completou. Como foi só um deslize, ele ignorou o fato, juntou e guardou a chave. Ele não sabe, mas sua atitude pode vir a prejudicá-lo novamente. Como o colega do outro turno não comunicou o quase acidente ocorrido, Zé Seguro não sabe que a chave ficou fora do lugar. Chico Distraído não será advertido e poderá repetir o feito, causando um acidente.

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Diferentemente do que muitos pensam, um quase acidente merece tanta ou mais atenção do que um acidente. Ele é um aviso da mesma maneira, com a vantagem de que o acidente pode ser evitado. Um quase acidente pode facilmente provocar um acidente real quando não se está tão alerta ou quando os reflexos não estão atuando tão bem. Um quase acidente é sinal claro de que algo está errado. Por isso deve ser comunicado sempre. Faça sua parte e evite que o acidente aconteça.